Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

O Inverno da vida

O clima do inverno pode ser muito aprazível. Podemos estar aquecidos, aproveitando o aconchego do lar ao lado da família que amamos, tomando uma sopa saborosa ou desfrutando de um delicioso chocolate quente.

Ao longo da vida temos dias mais frios, nublados, em que a alma fica trêmula e pesarosa. Não falo da temperatura ambiente, mas do clima da alma, dos momentos de tensão e preocupação, de avalanches de neve que buscam atingir nossa saúde, nossa harmonia familiar ou nossa fé.

Quando falamos nos momentos da vida, nas estações que se seguem, o inverno é a última fase – corresponde à velhice. Um tempo que pode ser de acúmulo de sabedoria e vivências, mas que carrega consigo a possibilidade de doenças, fraqueza física e muscular, e de incerteza quanto ao tempo que ainda nos resta para viver os dias planejados por Deus.

Há um texto maravilhoso em Eclesiastes 12 que ressalta este momento de vida: …quando os guardas da casa tremerem e os homens fortes caminharem encurvados, e pararem os moedores por serem poucos, e aqueles que olham pelas janelas enxergarem embaçado; quando as portas da rua forem fechadas e diminuir o som da moagem; quando o barulho das aves o fizer despertar, mas o som de todas as canções lhe parecer fraco; quando você tiver medo de altura, e dos perigos das ruas; quando florir a amendoeira, o gafanhoto for um peso e o desejo já não se despertar. Então o homem se vai para o seu lar eterno, e os pranteadores já vagueiam pelas ruas. Sim, lembre-se dele, antes que se rompa o cordão de prata, ou se quebre a taça de ouro; antes que o cântaro se despedace junto à fonte, a roda se quebre junto ao poço, o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu.

Na velhice, como o texto bíblico assinala, os passos se tornam trêmulos, os olhos se tornam embaçados, a audição decresce, o sono fica curto, os cabelos ficam brancos como a amendoeira, e o desejo sexual diminui.

Por outro lado, para aqueles que semearam afetos, cuidados com a saúde e  alimentação, e tiveram uma vida justa e reta diante de Deus, a velhice é estação de colheita! A oportunidade de acompanhar filhos bem casados, de aprender sobre as novas ferramentas tecnológicas com os netos, e ensinar canções antigas e histórias bíblicas para os bisnetos e tataranetos!

Para aqueles que mantiveram a chama do casamento acesa, e ainda têm a oportunidade de desfrutar da vida conjugal, as lembranças das estações vividas são reconfortantes: as fotografias, as viagens, os desenhos dos filhos, os cartões de aniversário, as peças de decoração da casa escolhidas a dois!  Poder abraçar todas as noites a pessoa companheira de anos, que foi testemunha ocular das nossas muitas aventuras e venturas na vida, é um grande presente de Deus!  Conseguir enxergar no cônjuge a chama do amor e do afeto, reviver os breves lampejos de desejo, e atestar a cumplicidade amiga construída ao longo dos anos de um casamento é uma benção de valor incalculável! 

A estação da velhice chega para aqueles que têm o privilégio de viver para desfrutá-la. Até porque ela só acontece para todos os que atravessam os anos do verão, primavera e outono, seguindo adiante na jornada. Portanto, se você está chegando nela, ou se já a desfruta, seja grato a Deus! 

Usufrua, sem pressa, da beleza de cada estação da vida. A vida é um conto ligeiro – mas que seja um conto muito feliz!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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