Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

As quatro necessidades emocionais básicas

O homem será sempre criatura de Deus, mas depois do pecado deixou de pertencer a Deus e não é mais filho de Deus a não ser que aceite a seu filho Jesus como Salvador e obtenha o perdão dos pecados. 

Nascemos dentro de uma família, pertencemos aos nossos familiares através de laços de parentesco, mas há uma carência interior em todos nós que por vezes faz solitário até mesmo aquele indivíduo que tem uma família unida e bem estruturada. Desse modo, ao longo da vida descobrimos que podemos estar sós mesmo quando cercados de pessoas. 

O pecado deixa um vazio que só pode ser preenchido por Deus. E nossa primeira e maior necessidade é de pertencer. Portanto, invista em afetos e em pessoas, e reconcilie-se com Deus. Volte a pertencer a ele! Peça a Deus que entre em seu coração, que lhe faça companhia e que seja o seu melhor e mais constante amigo.

A segunda grande necessidade humana é a de significação. A vida do homem sem Deus fica sem significado, sem sentido. Perguntas ficam sem respostas, pois já vimos que o homem não se conhece. 

Para aqueles que não têm respostas sobra o vazio. E se o sentido da vida se perde, resta a irracionalidade do pensar e das ações humanas. 

A história registra biografias de pessoas que foram ricas, bonitas, poderosas e famosas, mas que se suicidaram, muitas por overdose, como é o caso de Marilyn Monroe e Elvis Presley. Constantemente a mídia relata depoimentos de artistas e celebridades que têm dinheiro, beleza e fama, mas que dizem se sentirem vazias e depressivas, estão sempre procurando casas de tratamento para viciados em drogas, e se dizem infelizes e com vontade de morrer. Estes dados só confirmam que a vida sem significado não vale a pena ser vivida.

Só aquele que tem Deus sabe que é filho e herdeiro de Deus, sabe que veio de Deus e que deve se esforçar para voltar a ele depois da morte, sabe que sua vida deve ser dedicada a Deus, pois ele já a traçou e quer nos dar o melhor!

A necessidade de segurança é a terceira grande necessidade humana. 

Sabemos que primeiro sentimento negativo que surgiu no homem após o pecado foi o medo. Adão e Eva tiveram medo de Deus e se esconderem dele. Ainda hoje o medo paralisa muita gente e faz com que muitos se escondam da vida. Há gente que tem medo de sair, medo de estudar, medo de fazer coisas, medo de tentar algo melhor, medo de morrer e, pasmem, medo de viver. Longe de Deus o homem fica desprotegido.

Notícias apresentam um mundo cada vez mais violento e cruel. Muitos pais, que deveriam ser as primeiras pessoas a nos cercar de proteção, estão abandonado filhos e até mesmo abusando da confiança e do amor que seus filhos depositam neles. Neste mundo hostil, só Deus pode ser nosso refúgio, nossa segurança e fortaleza.

Precisamos nos sentir aceitos – esta é mais uma das nossas necessidades emocionais essenciais. 

O pecado nos faz sentir rejeitados e, infelizmente, com a rejeição surgem os complexos. 

Há pessoas que não aceitam a forma como Deus as fez. Elas se sentem inferiores em comparação as demais pessoas, e por isso evitam relacionamentos. Outras, porém, não se conformam por terem nascido numa determinada família. 

Ouvimos, com relativa freqüência, declarações como: “Por que não nasci com cabelos louros?”, “Detesto ser baixo”, “Gostaria tanto de ser magra!”, “Não me conformo com a minha cor!”, “Que raiva eu sinto de ser pobre!”, “Por que eu não sou igual a fulano?” A lista de declarações como estas é muito mais longa, pois o ser humano nunca está satisfeito com o que é ou possui – ele quer ser e ter sempre mais.

O primeiro passo para vencermos os complexos é entender que não existe no mundo uma pessoa que seja, literalmente, idêntica a outra. Devemos saber que dentro de cada um de nós existe uma individualidade. Somos únicos em nós mesmos. Portanto, graças a Deus por nossa individualidade e por nossas diferenças. Cada um tem um tipo de temperamento, um timbre diferente de voz, uma opção e gostos diferentes. Deus fez cada ser humano de uma maneira, e devemos agradecê-lo por isto.

Não somos medidos pela cor, altura ou nível cultural, mas pelo caráter e integridade moral. Assim sendo, diga para Deus que você o louva por ter sido feito como é. Alegre-se pelo fato de simplesmente poder existir. Diga como o salmista Davi: Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. (Salmo 103.1)

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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