Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

É possível mudar o outro!?

Em meio a uma viagem de carro, minha filha Pamela, na época com três anos de idade, mas seis anos mais nova que seu irmão Thiago, ao ser confrontada pelo fato dele ser mais velho, disse a ele: “não tem problema: eu vou crescer muito rápido e ainda vou ser mais velha que você!”. 

Ela ainda não havia compreendido que algumas coisas não mudam. Podemos parecer mais novos, mas sabemos da nossa real idade, que aumenta anualmente. Não podemos, simplesmente, pular etapas em nosso desenvolvimento físico, e nem mesmo alterar padrões genéticos, mesmo que nos preocupemos com isso: Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? (Mateus 6.27).

Infelizmente, em outras áreas também percebemos que muitas coisas e pessoas não mudam. Esperamos que algumas atitudes egoístas e mesquinhas de algumas pessoas melhorem, mas algumas delas vão envelhecer e manter sua mesquinhez. Na verdade, muitos são os que, ao invés de melhorar, ainda pioram suas manias, o hábito de reclamar da vida e de apontar negativamente as ações alheias. 

É triste observar um parente que, ano a ano, replica um comportamento anti-social nas festas de família. Ou um chefe que tem prazer em manter atitudes injustas com seus funcionários, mesmo sabendo estar errado em suas escolhas. É complicado assistir uma pessoa repetir erros consecutivos, colher sérias consequências, e ainda dizer: "eu nasci assim, e não vou mudar!

”Não podemos mudar o passado, as escolhas de pessoas que nos prejudicaram, ou refazer uma experiência perdida. O que os outros que amamos fazem nos afeta, por mais que não gostemos disto. E é difícil conviver com pessoas que não querem mudar! 

Como psicóloga, eu acredito na possibilidade de mudança do ser humano. E como evangélica, eu tenho convicção de que o Espírito Santo, que santifica, pode agir em nossas vidas e nos tornar novas criaturas, mudando nosso homem exterior e interior. 

Entretanto, por mais que eu saiba das possibilidades, uma coisa é certa: se a pessoa não desejar mudar, nada, do ponto de vista humano, pode ser feito. Não dá pra mudar o outro, pois o livre arbítrio é pessoal e intransferível. Já é muito difícil mudar a si mesmo! Cremos em Deus, que muda a mente humana para fazer com que as pessoas cumpram os desígnios que ele deseja. Ele fez isto até mesmo com  Nabucodonozor e com Ciro, homens poderosos, que foram conduzidos, em um período de suas histórias de vida, pelo próprio Deus. Contudo, por mais que eventualmente ele interfira, conduzindo ate ímpios para abençoar os justos na terra, Deus permite que homens escolham a quem servir ou obedecer. Deus aponta caminhos, deixa sua Palavra como Lei, mas dá livre arbítrio para que as pessoas escolham entre o céu ou o inferno. 

Nossa tarefa é pregar, especialmente com a nossa vida, aos que nos cercam. Muitos decidem por Deus, mudam suas vidas e permanecem fiéis a Deus. Outros se mantém em seus erros, repetindo escolhas erradas, colhendo resultados tristes em suas vidas. Portanto, continue acreditando na possibilidade de mudanças. Permaneça ensinando, educando, instruindo, orando, servindo de exemplo de que é possível ser manso, gentil, educado, perdoador, honesto e sincero em sua fé. Sua perseverança e modelo podem fazer com que seus familiares e irmãos na fé se posicionem de modo distinto, alterando padrões de comportamentos errôneos. 

Não desista dos outros. Deus não desiste de nós. Mas saiba que, eventualmente, uma pessoa que você ama, ou a quem você se dedica, pode decidir não mudar, não querer, não se modificar. E ainda assim, permanecemos orando e agindo, não nos assombrando com a teimosia alheia, mas confiando Naquele que pode todas as coisas. 

Eu e você não mudamos as pessoas. Podemos influenciar, mas estamos limitados pelo livre arbítrio humano. Mas continue tentando… pois há caminhos que só Deus pode usar para tratar a alma humana!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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