Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Resignificando o Natal

A palavra Natal, que significa nascimento, dificilmente é lembrada pelo seu significado. Ela nos remete a festas, presentes, e a um velhinho que no início se vestia de verde, mas hoje se veste de vermelho e branco, numa jogada de marketing genial da Coca-Cola no início do século passado. 

O interessante é que crianças associam o Natal a Papai Noel e rabanadas, e as pessoas enfeitam as casas com árvores e luzes, muitas vezes colocando algodão para lembrar neve – que não temos no Brasil. Vamos nos utilizando de signos natalinos, de símbolos que vão adulterando seu verdadeiro significado, esvaziando sua significância.  

Na vida fazemos a mesma coisa. Há pessoas que se feriram tanto, que a palavra amizade, pra elas, remete a traição. Outras foram maltratadas e abusadas por seus pais, de forma que Deus, como o Pai Celeste, passa a ser significado de maldade e abuso. Isto sem citar o uso da mídia, que quando trabalha bem, consegue substituir a marca pelo produto. Assim sendo, lâmina de barbear é chamada de Gillete, e palha de aço de Bombril. 

Uma das coisas mais difíceis na vida é ressignificar, um processo mental de retornar os fatos e eventos aos seus significados originais. Num tempo em que a palavra amor é dissimulada, em que o número de neo nazistas não pára de crescer, em que coisas óbvias como gênero sexual são questionadas, ou que o significado de Evangelho tem deixado de ser bíblico,  precisamos parar e analisar nossas significações. 

A despeito de Jesus não ter nascido no dia 25 de Dezembro, esta é a data escolhida para comemorarmos seu nascimento. Jesus sempre existiu, desde antes da fundação do mundo, mas nasceu e viveu como homem, sendo 100% Deus e 100% humano, habitando corporal e visivelmente aqui na Terra por 33 anos, exercendo seu ministério nos seus últimos 3 anos. Jesus morreu sem pecado, num ato extremo de amor, trazendo redenção e vida eterna a toda Humanidade, pois ressuscitou e assim permanece até hoje. 

O nascimento de Jesus como homem é o que comemoramos no Natal. Ninguém poderia pagar o preço pelos nossos pecados. Portanto, seu nascimento, sua morte e sua ressurreição são nossos maiores presentes. Sim, o natal é Dele, mas nós é que ganhamos o presente, a graça, a dádiva da salvação, quando reconhecemos seu ato redentor por nós.  

Neste natal, ressignifique a importância de Jesus. Temos assistido em nossa sociedade, e até em alguns lares evangélicos, uma inversão de valores quanto à prioridade das festas natalinas. A correria para organizar a ceia de natal e a recepção aos parentes faz com que os nervos fiquem à flor da pele. Muitos jantares terminam em discussões e em brigas entre familiares. As pessoas se endividam para comprar presentes caros para os parentes, e servem banquetes que lhes custam o salário do mês! 

O Natal deve ser celebrado. É importante que aproveitemos esta data para falar aos nossos amigos e familiares sobre o Deus que se fez carne: No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens… Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, como a glória do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1.1-4; 10-14). 

A história do Natal, que vai da manjedoura à cruz, precisa ser contada de forma correta aos nossos filhos e netos. Se não fizermos isso, nossos filhos e netos vão assimilar o ensino mundano, associando o Natal a presentes e ao chamado papai Noel. 

Podemos presentear no Natal, mas é importante recontar a história bíblica, ressaltando que Jesus… embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou a mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. (Filipenses 2.6-11)

Portanto, reúna sua família com muita alegria, rabanadas, presentes e abraços. Mas jamais deixe o aniversariante de fora, porque então, não será Natal! 

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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