Judite Maria da Silva Alves

Professora e terapeuta familiar; casada com o Pr.Ailton José Alves (presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco); mãe de três filhos (casados), e avó de quatro netos. Apresenta diariamente, há mais de dez anos, o programa “A mulher e seus desafios” pela Rede Brasil de Comunicação. Lidera o trabalho de Círculo de Oração em todo o estado de Pernambuco e coordena as atividades sociais da IEADPE, que mantém oito Centros de Desenvolvimento Integral Vida em várias comunidades carentes na Região Metropolitana do Recife, onde são atendidas mais de 4 mil crianças.

Os Desejos Insaciáveis do Ser Humano

Os desejos das pessoas são como o mundo dos mortos: sempre há lugar para mais um”. (Provérbios 27.20 NTLH).

Queridos leitores, o provérbio que acabamos de ler trata de uma característica da natureza humana que tem levado muitos à destruição: os desejos insaciáveis, especialmente despertados pelos olhos. Este versículo na versão Almeida Revista e Corrigida diz: “O inferno e a perdição nunca se fartam, e os olhos dos homens nunca se satisfazem”.

Observe que o sábio escritor compara o apetite dos olhos ao inferno, que no original hebraico aparece como Seol, palavra que indica o sepulcro, o lugar para onde vão os mortos. Assim como o sepulcro não se farta de receber mortos, assim são os olhos do homem: nunca encontram plena satisfação, sempre vão querer algo mais.

Nossa natureza pecaminosa é tendenciosa à cobiça, ou seja, por mais que tenhamos, sempre achamos que poderemos conseguir mais. E a cobiça pode ser voltada para diversas coisas: bens materiais, fama, poder, prazer, enfim, tudo o que leva o homem a sentir algum tipo de gratificação. Veja o que diz Eclesiastes 6.7: “Todo trabalho do homem é para sua boca, e, contudo, nunca satisfaz sua cobiça”. 

Cobiçar quer dizer desejar ardentemente ter ou conseguir alguma coisa, e geralmente esse desejo é despertado através do sentido da visão. Aquilo que vemos nos chama a atenção e faz brotar um desejo de possuí-lo, que pode tornar-se cada vez mais forte e, assim, ocasionar a cobiça. Certamente foi por isso que o Senhor Jesus declarou que os olhos são a lâmpada do corpo, de modo que se os olhos forem bons, todo o corpo terá luz (Mt 6.22).

Precisamos ter cuidado com o que os nossos olhos desejam. Principalmente nestes tempos, em que a cultura da imagem predomina, e somos estimulados o dia inteiro, por onde andamos, com imagens de coisas desejáveis, com coisas que despertam o apetite carnal e prometem proporcionar grande alegria e prazer. É necessário que vigiemos e oremos, para não cair em tentação.

A palavra de Deus adverte-nos quanto aos olhos adúlteros, que desejam aquele(a) que não é seu(sua) em Provérbios 6.25: “Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te prendas com os seus olhos”. Em 1 João 2.15 lemos que a concupiscência dos olhos, isto é, o desejo descontrolado dos olhos, é uma característica do mundo em que vivemos. E o apóstolo declara que o mundo passa, e a sua concupiscência, “mas o que faz a vontade de Deus, permanece para sempre” (1 Jo 2.17).

Um dos piores destruidores da vida espiritual, e consequentemente, da saúde moral e emocional é a pornografia. Milhões e milhões de pessoas tem se tornado escravos deste vício terrível, que destrói o indivíduo por dentro e rapidamente prejudica seus relacionamentos e sua vida em geral. A facilidade do acesso à internet tem levado a pornografia a um clique de distância de crianças e adolescentes, que se não forem ajudadas a se livrar dela, serão adultos com extremas dificuldades para estabelecerem relacionamentos afetivos saudáveis.

Se você tem enveredado por este caminho, busque ajuda o quanto antes, e creia que há poder no Senhor para te libertar. “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36). Faça um pacto com os seus olhos, assumindo o compromisso de não colocar diante deles coisa má, assim como fez o salmista Davi no Salmo 101.3: “Não porei coisa má diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; nada se me pegará”. Amém!

 Judite Alves

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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