A vida cristã é um campo fértil onde cada escolha, atitude e palavra se transformam em sementes lançadas à terra. A mulher cristã, chamada a ser exemplo de fé e sabedoria, encontra na Lei da Semeadura um princípio espiritual poderoso: colhemos o que semeamos.
As Escrituras asseguram que “aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7b). Esse artigo nos convida a refletir sobre as consequências das nossas ações — tanto boas quanto más — e nos exorta à responsabilidade espiritual diante de Deus, cuja justiça é infalível.
A Lei da semeadura é imutável e universal
O apóstolo Paulo escreve com firmeza: “não vos enganeis, de Deus não se zomba” (Gl 6.7a). Esse alerta não é apenas uma advertência moral, mas uma revelação espiritual sobre a imutável justiça divina. A expressão "não vos enganeis" revela a tentação de negligenciar esse princípio, como se Deus não estivesse atento às ações humanas.
A semeadura é também um princípio universal: “quem semeia a justiça terá recompensa verdadeira” (Pv 11.18). Isso significa que cada atitude tomada — seja no silêncio da oração, na firmeza de uma palavra de correção ou no cuidado com o lar — tem peso eterno. Deus vê até o que é feito em oculto, e retribui segundo a sua fidelidade.
Semeamos com a vida, colhemos com o tempo
Um dos maiores desafios da vida cristã é esperar o tempo da colheita. A mulher de fé precisa aprender que o fruto não vem imediatamente após a semente. Há um tempo de germinação, crescimento, amadurecimento — e tudo isso exige paciência, perseverança e confiança em Deus.
A colheita não depende de reconhecimento humano, mas da aprovação de Deus, pois “tudo tem o seu tempo determinado” (Ec 3.1). A mulher que ora por sua família, que investe na vida espiritual dos filhos, que semeia amor mesmo quando recebe desprezo, precisa crer que Deus não se esquece de suas obras.
A colheita é proporcional à semeadura
Paulo afirma: “quem semeia pouco, pouco também colherá; quem semeia com fartura, com abundância colherá” (2Co 9.6). A mulher cristã, portanto, precisa discernir que suas escolhas diárias — palavras, relacionamentos, compromissos, hábitos — são sementes que inevitavelmente trarão uma colheita.
Ana, mãe do profeta Samuel, semeou oração e consagração, e colheu um filho profeta e juiz de Israel. Por outro lado, Jezabel semeou idolatria, manipulação e violência e colheu destruição. O contraste entre essas duas mulheres bíblicas revela que a colheita é consequência direta do tipo de semente lançada.
Em suma, a Lei da Semeadura não é apenas um princípio de recompensa ou punição, mas uma revelação da fidelidade de Deus e do valor eterno de nossas decisões.
Desejo que cada mulher que ler este artigo seja despertada a semear com diligência, perseverança e fé — no lar, na igreja, no trabalho, e no secreto com Deus — porque o Senhor da colheita é fiel.
Queridas, Deus vos abençoe, até mais!
Dirlei Baptista
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