A Escritura adverte que o cristão não pertence definitivamente a este mundo, mas têm sua verdadeira cidadania nos céus: “pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20). Para a mulher cristã, significa não ser moldada pelas pressões do mundo, mas firmar sua vida em Cristo, aguardando com alegria o Salvador que breve voltará.
Nessa semana em que celebramos o dia da Pátria brasileira (7 de setembro), apresento para nossa reflexão, um convite à esperança, ao desapego das coisas passageiras e à firme expectativa da volta de Cristo. Nessa perspectiva, veremos que o versículo em apreço nos traz direção, consolo, identidade; e um chamado a viver no presente com os olhos fixos na eternidade.
A cidadania celestial: identidade que transforma
Paulo usa o termo “pátria” com o sentido de cidadania e pertencimento. Assim como as mulheres da cidade de Filipos estavam sob as leis e privilégios romanos, tais como o direito a herança e patrimônio; da mesma forma, as mulheres cristãs estão sujeitais ao governo da Palavra de Deus, e, aos benefícios de sua filiação espiritual que incluem bênçãos terrenas e a herança da vida eterna.
Isso significa que nossa identidade não é definida pelo que o mundo valoriza (beleza exterior, status social ou conquistas humanas). Na prática, essa consciência convida a mulher cristã a viver com dignidade, santidade e segurança, sabendo que seu valor está em Cristo. Desse modo, a mulher cristã não vive escrava da pressão cultural, pois sua pátria é celestial, e sua identidade está firmada em Jesus.
Aguardando o Salvador: esperança que consola
A fé cristã é marcada por uma inabalável e viva esperança: Jesus Cristo “aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.28). Dessa forma, o texto bíblico lembra que a vida cristã não se resume às circunstâncias presentes. A esperança escatológica não é um mero ideal futuro, mas um alicerce que sustenta a fé no presente, mesmo em meio às adversidades.
Para a mulher que enfrenta lutas no lar, sobrecargas familiares ou dores que pesam no coração, a certeza da vinda de Cristo torna-se fonte de consolo e fortaleza. Assim, a mulher cristã pode atravessar as tribulações com perseverança, porque sabe que sua história não termina neste mundo marcado por limitações e sofrimentos. O melhor ainda está por vir: a eternidade gloriosa na presença do Salvador.
Viver com os olhos na eternidade: uma prática edificante
A cidadania celestial não faz da mulher uma pessoa alienada da vida presente, não se trata de “escapismo” das aflições da vida, mas a capacidade de viver de modo diferente. Nessa direção, Paulo exorta: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são da terra” (Cl 3.2). Para a verdadeira mulher cristã, isso significa vida transformada, com a mente voltada para os valores eternos.
Essa perspectiva implica cultivar virtudes, tais como, amor que acolhe, serviço que edifica, pureza que inspira, oração que sustenta, ensino que forma discípulos e um testemunho que glorifica a Deus. Uma mulher cristã vive a cidadania terrena como sal da terra e luz do mundo. Assim, a serva de Deus que vive com os olhos na eternidade se torna exemplo na família e na sociedade, refletindo o caráter de Cristo.
Em suma, temos dupla cidadania, a terrena e a celestial. Porém, nossa pátria definitiva está nos céus. Essa verdade redefine nossa identidade, renova nossa esperança e transforma nosso modo de viver.
Enquanto caminhamos neste mundo, somos chamadas a viver como cidadãs do céu, espalhando luz e esperança até o dia em que estaremos para sempre com o Senhor. Aleluia!
Queridas, Deus vos abençoe, até mais!
Dirlei Baptista
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