Nossa beleza exterior é produto do equilíbrio interior. Sentir-se bela plenamente é aceitar a própria natureza
Por definição beleza é o atributo ou qualidade que agrada os sentidos e que cativa o espírito. Basta estender os olhos para observar tudo o que Deus criou e, então, perceber como o Pai foi caprichoso em cada detalhe da sua criação: flores, pássaros, peixes, animais domésticos e selvagens, enfim, inúmeras espécies e cores diferentes. São paisagens vivas, harmoniosas, muito agradáveis à nossa vista e motivo de louvor pela grandiosidade do bom gosto e sabedoria do criador.
Ao criar o ser humano houve um toque especial. Foi o ponto alto da criação, pois Deus fez o homem conforme a sua própria semelhança. Fomos criadas espírito, alma e corpo e devemos espelhar a beleza do Criador. “Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus” I Pe.3:4.
A beleza plena no homem e na mulher é qualidade desenvolvida e cultivada a partir de uma estrutura básica, refletida na personalidade de cada um. Especialmente para nós, mulheres, beleza parece fundamental. Contudo, ela não deve ser classificada somente pela aparência exterior. A beleza feminina, desde os tempos remotos, tem sido motivo de inspiração para poetas, artistas, escritores e românticos. A beleza da mulher é cantada em verso e prosa. É tema explorado para vender qualquer produto. É classificada em concursos, partindo de critérios e padrões preestabelecidos. Beleza plena, contudo, significa muito mais. O nosso conceito de beleza é definido pelos padrões contidos na palavra de Deus.
A Bíblia nos fala a respeito da beleza espiritual. Ela é de grande valor para Deus. É conseguida a partir da comunhão que temos com Jesus. Implica mantermos a presença do Senhor dirigindo nosso ser de tal forma que nossos conceitos, valores, princípios, padrões de comportamento, hábitos e prioridades sejam influenciados e reestruturados por Ele. Em Pv. 31:30 temos a certeza de que “Enganosa é a graça e vaidade a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada”. Assim se permitirmos que Jesus atue como Senhor do nosso ser, Ele começa a “arrumar a casa”, reorganizando de dentro para fora todas as áreas de nossa vida. Em seguida, o fruto do Espírito irá aparecer como “beleza interior”, revelando ingredientes importantes para beleza plena: “Mas fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei”, Gl.5:22, 23.
Nossa beleza exterior é produto do equilíbrio e organização interior, ou seja, a beleza interna será elemento importante para a harmonia das nossas expressões verbais e gestuais. “Porque fostes comprados por bom preço, glorificai, pois, a Deus no vosso corpo”, I Co.6:20 a.
Belas interiormente, e já refletindo externamente estes atributos, não seria coerente ter uma aparência descuidada. Nosso corpo merece cuidados especiais de saúde, higiene pessoal, peso, vestimenta e adorno. É importante a preocupação com a nossa aparência. Nossa vida deve glorificar a Deus. Com a nossa maneira de ser e agir expressamos que pertencemos ao Senhor.
Mente e corpo saudáveis são pré-requisitos para a beleza plena. Devemos preservar nossa saúde através de cuidados especiais. “Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus e que não sois de vós mesmos?”, I Co.6:19.
Uma aparência saudável depende de uma alimentação equilibrada, com todos os elementos que o nosso organismo necessita, evitando os excessos. Conhecer o valor nutritivo dos alimentos e desenvolver o autocontrole às refeições resulta em maior disposição, além de manter a boa saúde e a forma física. A obesidade é prejudicial à saúde e à estética.
Quanto aos cuidados com a higiene pessoal, não preciso comentar o quanto é significativo. Uma mulher descuidada nessa área com certeza terá problemas.
Fechando as nossas considerações, chegamos à vestimenta e complementos que compõem a nossa apresentação pessoal. Estar bem arrumada, com uma boa aparência, significa integrar bom gosto, condições financeiras, bom senso, discrição, sem perder de vista a posição de filha de Deus muito amada. A propaganda e o consumismo no mundo da moda tendem a nos influenciar na compra de roupas e enfeites, que nem sempre nos deixarão à vontade e nem estaremos glorificando a Deus com a nossa aparência. Todas as escolhas que fazemos devem refletir a personalidade cristã, sem distorções de falsa modéstia.
Sentir-se bela plenamente é aceitar a própria natureza: espírito, alma e corpo. É saber que podemos desenvolver e aprimorar qualidades; é possuir auto-estima, não para vangloria, mas para glorificar a Deus, sábio artífice que espera que suas filhas sejam prudentes em toda a sua maneira de viver.
Até mais queridas.
Sonia Pires
*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).