Há algumas pessoas que nascem em uma cidade, conhecem seu cônjuge na escola, se casam e continuam a morar na mesma cidade, algumas vezes no mesmo bairro, rua ou casa onde nasceram. Muitas delas têm a oportunidade de viajar, visitando parentes e filhos que se mudaram para outros estados, mas retornam para a segurança dos seus lares, para a cidade que elegeram como sua.
Meu pai nasceu em uma cidade chamada Bom Jardim de Minas, no interior de Minas Gerais, que até hoje é considerada pequena. Minha mãe nasceu em Barra Mansa, no interior do Rio, que hoje já pode ser denominada como uma cidade grande. Na minha infância, eu passava as férias nestas cidades, e nas poucas vezes que voltei depois de adulta, me surpreendia com parentes que nunca haviam se mudado, e com outros que nunca sequer haviam visto o mar!
Eu nasci em Osasco, na grande São Paulo, mudei para o Rio de Janeiro aos 13 anos, e com 18 anos fui morar nos Estados Unidos. Retornei para o Rio quando me casei, onde moro até hoje, e me mudei para três endereços diferentes depois do casamento. Não posso dizer que me mudei muito, mas nunca fui resistente para deixar uma casa ou um bairro para trás, carregando minhas coisas para outro endereço.
Algumas pessoas não gostam de mudanças. Preferem se manter na conhecida vizinhança, na realidade que já conhecem e dominam. Muitos são resistentes até mesmo a mudar de emprego, mesmo que para um melhor, pois fogem de desafios, preferindo se acomodar ao que já conhecem e sabem fazer. Contudo, muitas mudanças são inevitáveis.
Mudar de cidade, estado, ou até de país se torna quase irrelevante quando ponderamos as muitas mudanças que a vida nos proporciona. Todos nós já mudamos de escola, e muitos já mudaram de religião quando compreenderam o Plano da Salvação em Jesus Cristo. Vários amigos nossos mudaram à medida que crescíamos, assim como nossas escolhas de brincadeiras e assuntos a discutir mudaram por conta da maturidade alcançada ao longo dos anos.
Nosso corpo mudou, nossos cabelos mudaram, a forma de nos vestirmos sofreu modificações. Nossos conceitos e valores mudaram, nossa visão de mundo mudou. Quando nos casamos, muitos dos nossos hábitos foram alterados, e a cada filho que nasce, toda a estrutura familiar sofre uma reviravolta. O passar dos anos traz mudanças inevitáveis, e nós as vemos no espelho e na alteração do vigor corporal.
Somos mudados pelas verdades do Evangelho, que alteram percepções e comportamentos. E somos mudados por pessoas, que afetam nossas escolhas e sentimentos vivenciados. Assim sendo, quando escolhemos o cônjuge e o grupo de amigos com os quais vamos partilhar a vida, precisamos escolher bem, de modo que nossas mudanças sejam influenciadas por pessoas melhores, e para melhor.
Deus nunca muda, pois ele é perfeito! Tiago afirma: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. (Tiago 1:17). As verdades de Deus são imutáveis, bem como seu poder, seu amor e todos os seus outros atributos. Mas nós, humanos, imperfeitos e carentes de melhorias, precisamos nos adaptar constantemente às mudanças que nos trazem para mais perto de Deus!
Acolha as boas mudanças com alegria, como mudar de emprego, mudar para uma casa melhor, ter filhos, se casar e iniciar um novo tempo e uma nova família.
Aceite as mudanças inevitáveis: os filhos crescem, os netos são criados diferente de como nós fomos, e envelhecemos com as mudanças da vida marcadas em nós.
Lute pelas mudanças desejáveis: batalhe pela salvação da sua família, por um bom emprego, por uma educação esmerada de seus filhos e netos, e pela conquista da vida eterna nos céus!
Todos temos saudades de como algumas coisas eram no passado, antes de algumas mudanças acontecerem. Mas não se agarre ao que já passou: abrace seu status de hoje, e seja grato pelas conquistas e desafios já vencidos! Ore a Deus pelas situações que deseja alterar, e aguarde, com fé e contentamento, as boas mudanças que Deus ainda há de realizar na sua vida!
Elaine Cruz
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