Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Saudades constantes 

É muito comum, quando as pessoas perdem uma pessoa que amam, especialmente quando estas falecem, que escrevam versos ou coroas de flores com a expressão “Saudades Eternas”.

É verdade que, para aqueles que morrerem sem Cristo, haverá dor, sofrimento, saudade e remorso eterno. Porém, as saudades não serão eternas para os salvos. Se morrermos com Cristo, a saudade não mais existirá, pois nem mesmo nos lembraremos das pessoas que não chegarem aos céus – e com aquelas que partiram antes (que nos esqueceram durante o tempo em que permanecemos por aqui) teremos um reencontro festivo, celebrando a vida eterna com Deus com os que venceram a corrida!

Entretanto, para os que servem a Deus, enquanto vivermos sentiremos uma saudade constante das pessoas que já partiram. Não há como esquecer uma mãe amorosa, pais provedores e cuidadosos, avós que nos seguraram no colo, e pessoas amigas com quem partilhamos vivências que deixaram memórias acalentadoras.

Por outro lado, sempre haverá saudades de fatos e pessoas que nos afetaram positivamente. Temos saudade de viagens, de pessoas que partilharam uma amizade no colégio ou em uma igreja que frequentamos, ou de reuniões familiares que permearam nossa infância.

Também sentiremos saudades constantes dos filhos pequenos, e nossos olhos sempre vão marejar ao vermos fotos deles bebês ou vestidos de uniformes durante os anos escolares. De que forma podemos esquecer o som das risadas ou o olhar curioso pelas novas descobertas? Como não sentir saudades dos filhos adolescentes, dos abraços, do som dedilhado ao violão, do som alto que saía do quarto?

E o que não dizer quanto à saudade constante que sentimos dos filhos que se casam, e que deixam os quartos vazios e silenciosos? Dos netos que moram longe? Dos pais que envelhecem em cidades diferentes de onde moramos? Dos amigos e irmãos que foram morar em outro país?

Desde que me casei, aos vinte anos, eu moro em um país diferente dos meus pais, e convivo com saudades há muitos anos. Além disso, tenho saudades constantes de meus filhos, que depois de se casarem também foram residir  em países diferentes. Porém, graças a Deus, não sei o que é sentir saudades de um conjugue que falece, e que deixa uma saudade que faz doer a vida cotidiana – sempre presente no cotidiano daqueles que enviuvam.

Há ainda a saudade de períodos em que frequentamos uma igreja, de hinos que marcaram nossa história no Evangelho, de congressos e pregações que edificaram nossa fé, e de irmãos em Cristo que foram importantes na nossa caminhada. Até mesmo o apóstolo Paulo ressalta a saudade dos Filipenses em sua carta: Deus é minha testemunha de como tenho saudade de todos vocês, com a profunda afeição de Cristo Jesus. (Filipenses1.8).

Imagino ainda o quanto os discípulos não sentiram saudades constantes dos três anos que passaram de Jesus no decorrer de seus ministérios. Como deviam ser saudosos da voz mansa quando ele ensinava, do olhar amoroso e cuidadoso, dos sorrisos e conversas que compartilharam com o mestre!

Saudades. Boas saudades. Saudades constantes. Saudades que doem, mas que só existem porque fomos abençoados por Deus, que sempre nos concede boas pessoas e emocionantes vivências para lembrar.

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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