No mês de setembro, em vários países, vários fóruns discutiram a epidemia suicida que assola o mundo. Afinal, nos últimos anos, especialmente depois da pandemia de Covid, temos assistido o número de suicídios crescer vertiginosamente.
No mundo complexo em que vivemos hoje, o suicídio está em alta! Músicas, filmes e desenhos animados exaltam o suicídio como uma saída viável para o caos. Muitos sites explicam maneiras simples e seguras para que o suicida tenha êxito em sua empreitada, e muitos ditos “cristãos" defendem que se suicidar não implica na morte eterna.
Todo suicida é um homicida de si mesmo, desprezando a vida doada por Deus. E o ato suicida demanda tempo para amadurecer e ser planejado, mesmo que silenciosamente, por uma pessoa que vai se tornando cada vez mais esquiva, solitária e desajustada ao meio social que a perscruta.
Além do incentivo midiático pelo comportamento suicida, a imaturidade emocional também é um fator preocupante. Muitas crianças estão sendo educadas sem limites, e mais tarde se ressentem quando encaram adversidades, ou se revoltam quando a vida lhes diz um não.
Desencadeada por uma situação inesperada ou indesejada, a depressão pode, em graus extremos, levar à reclusão, ao afastamento dos familiares, provocar outras doenças de fundo psicossomático e, na última das hipóteses, levar à morte. É ela, por exemplo, uma das principais causas, além da ação e incentivo de satanás, para o ato suicida.
Temos assistido um crescimento grande de evangélicos e de pastores se suicidando, por conta de não seguirem um tratamento medicamentoso terapêutico recomendado para a depressão. Muitos abandonam os medicamentos, e de forma consciente escolhem lemas como "o médico do crente é Jesus”. Aceitam tomar remédios para hipertensão ou diabetes o resto de suas vidas, mas se negam a tomar remédios para a bioquímica mental, acreditando que se tornarão dependentes. Nestes casos, o apoio e o posicionamento da família é fundamental, pois muitos, por não aceitarem o quadro depressivo em crentes fiéis, suspendem o tratamento, levando muitas vezes a agravamentos que podem levar ao suicídio.
Os que se suicidam não querem necessariamente morrer, mas conscientemente acabar com o intenso sofrimento emocional. Estes sempre avisam, ameaçam e fazem comentários suicidas, mas muitas vezes a família e os mais próximos subestimam as ameaças e podem fazer comentários que estimulam ainda mais o ato suicida, como “você não vai fazer isso” ou "ok, é isto que você quer? Então faça!”. Quando o suicídio acontece, sendo um ato contra Deus que é o dono da vida, deixa um lastro de culpabilidade e tristeza para toda família.
O deprimido que se cuida, se medica e se trata de forma correta, não vai chegar ao suicídio. No auge da crise, quando medicado, o deprimido sabe que está salvo. Aprende que a salvação não pode ser um simples sentimento ou sensação: ela tem que ser racional, ela precisa ser real.
No mundo teremos aflições e desafios. Portanto, que Deus nos abençoe a superar problemas, e nos ensine a contornar contrariedades. Que Deus guarde a nossa mente, e toda a nossa descendência – Não seremos homicidas, e não nos renderemos às pressões para atos suicidas!
Elaine Cruz
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