Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Aproveite a paisagem!

Meu marido é extremamente cavalheiro. Sempre que estamos em dois carros, ele faz a proposta de ir seguindo meu carro, mesmo ciente de que eu não gosto de ser seguida – acabo me preocupando com quem vem atrás, olhando muito mais para o retrovisor do que habitualmente faço, para checar se a pessoa conseguiu atravessar o sinal de trânsito ou se mudou de faixa para acompanhar meu trajeto. Assim, mesmo entendendo que ele esteja preocupado em me proteger, eu sempre tento convencê-lo a me deixar segui-lo.

Sei que precisamos de retrovisores para uma direção segura. Ao dirigir necessitamos estar cônscios do que acontece à nossa volta, pois nossa atenção também precisa estar na atuação dos outros motoristas ao nosso redor. Mas, sem dúvida alguma, até mesmo uma criança sabe que, a não ser que estejamos dando uma ré, nosso olhar precisa estar voltado para a frente.

Na vida as coisas acontecem de modo semelhante. Por analogia, se nossa vida fosse entendida como a direção de um carro, também precisaríamos olhar frequentemente para a frente, para as curvas que nos esperam ao longo do trajeto da nossa existência. E há muitos atalhos, perigos, surpresas e belezas na estrada da vida!

Perto do encerramento de um ano, há muitas pessoas que passam dias (e até meses) olhando para seus retrovisores. O que aconteceu com uma amizade que acabou? Como superar a ausência da pessoa que nos deixou? Quantos foram os dias felizes, os eventos inesquecíveis? Quão difíceis foram os longos dias em que estivemos enfermos ou entristecidos?

As retrospectivas são importantes, pois percebemos aonde erramos, quando acertamos, aonde precisamos mudar e o que precisamos apreender com os erros alheios. Todo final de ano consideramos nossos percursos, as distâncias percorridas, e recordamos as vezes em que estávamos, simplesmente, cansados de dirigir – mas seguimos em frente!

Contudo, mesmo quando um ano se finda e consideramos nossas estradas, tal como quando estamos ao volante, nosso olhar pelo retrovisor precisa ser rápido. Se mantivermos nossos olhares voltados para as estradas pelas quais já passamos, vamos perder o que está à nossa frente, e ainda podemos nos acidentar seriamente.

A Bíblia já nos adverte: uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante,prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus... E uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. (Filipenses 3.13,14; Hebreus 12.1,2). 

Olhe para a frente. Sabemos que a Estrada da vida contém surpresas e desafios, mas Deus ainda tem muitas paisagens lindas para nos mostrar. Haverá muitos caminhos floridos, ensolarados e emocionantes à nossa espera.

Convide Deus para a condução da sua vida, e siga seu caminho aproveitando a paisagem. Delicie-se com o nascer do sol e vislumbre-se com as novidades que as curvas da estrada podem trazer. E, mesmo na escuridão das noites, não deixe de olhar para o céu e contemplar a estrela da manhã.

Olhe para a frente. Saboreie o novo. Aproveite a viagem!

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

E se…?

Escrito por Elaine Cruz
E se…?

Ao viajar pelo interior de Portugal, é comum encontrarmos pequenas aldeias, com muitas par...

Lança o teu pão! 

Escrito por Elaine Cruz
Lança o teu pão! 

Estou escrevendo este artigo diretamente da cidade do Porto, em Portugal. Deste país,...

Uma palavra às solteiras

Escrito por Elaine Cruz
Uma palavra às solteiras

Embora vivamos em um mundo dito avançado, alguns países promovem casamento forçado, ainda...

Em uma próxima vez…

Escrito por Elaine Cruz
Em uma próxima vez…

Minha bisavó materna nasceu na cidade de Barra Mansa, no interior do Rio de Janeiro. A des...

Renove-se!

Escrito por Elaine Cruz
Renove-se!

O Salmo 139, que é um dos meus prediletos, afirma no verso 14: Eu te louvo porque me fizes...

Saudades constantes 

Escrito por Elaine Cruz
Saudades constantes 

É muito comum, quando as pessoas perdem uma pessoa que amam, especialmente quando estas fa...

Ser Mulher

Escrito por Elaine Cruz
Ser Mulher

Minha avó materna teve uma infância difícil, trabalhando muito em casa para apoiar os irmã...

 

 

SOBRE


Com o objetivo de ajudar as mulheres cristãs da atualidade, a CPAD prepara um presente especial para elas: o site de conteúdos Mulher Cristã. O novo espaço feminino vem repleto de conteúdos inéditos, sempre com temas voltados para as mulheres cristãs de nossos dias.

©2024 CPAD: Av Brasil 34.401 - Bangu - Rio de Janeiro - CEP: 21852-002 - Brasil - CNPJ 33.608.332/0001-02. Designed by CPAD.