Príncipes e princesas fazem parte do imaginário social, especialmente de crianças, que se encantam com contos de fadas e finais felizes, em que o príncipe encantado encontra sua princesa e vivem felizes para sempre. E para muitos, mesmo quando já adultos, acompanhar a vida da realeza é algo bastante atraente e rentável.
A pompa da monarquia traz inúmeras reservas financeiras para países que ainda possuem reis, rainhas e a corte real, mesmo quando a monarquia coexiste com outras formas de governos, como parlamentos e primeiros ministros. Todos os que visitam o Reino Unido, por exemplo, especialmente Londres, se esforçam para conhecer o palácio de Buckingham e assistir à famosa troca da guarda real.
E foi exatamente no Reino Unido que a Bright Horizons, uma empresa fundada nos Estados Unidos em 1986 como prestadora de cuidados infantis para pais que trabalham, com mais de mil centros educacionais nos Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha, emitiu um comunicado que constrangeu e irritou pais e educadores.
Em um manual direcionado aos pais, a Bright Horizons, aconselhou que os pais não chamassem suas filhas de "bonitas" ou de "princesas", e que não chamassem os meninos de "príncipes". Além disso, aconselhou as famílias a encherem a casa com "livros, brinquedos e decorações que não estejam de acordo com os papéis específicos de gênero”.
Fatos semelhantes têm acontecido em diferentes países, em que conselhos de creches e pré escolas ditam aos pais suas próprias opiniões políticas sobre como criar os filhos, complicando ainda mais a complexa relação entre pais e filhos, ao esvaziar a autoridade parental.
No caso da Bright Horizons, outro fato que gerou muita controvérsia foi criticar o elogio aos filhos por bom comportamento. Afinal, se não recriminarmos o mau comportamento, ensinarmos o caminho do bom procedimento e estimularmos as boas atitudes, nossos filhos e netos vão ficar ainda mais perdidos quanto ao certo e errado. Em um mundo tão cheio de relativismos, onde a verdade é a verdade de cada um, viveremos um caos quando o bem e o mal não forem distintos.
Nossos filhos precisam ser elogiados, e estimulados quanto às boas ações realizadas. Nossos descendentes precisam saber no que acreditamos, quais são as bases morais que norteamos nossas atitudes, e quais são os valores bíblicos que defendemos: Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. (Deuteronômio 6.6,7).
Educar para a vida relacional, elogiar para estimular atitudes corretas, instruir no caminho moral e intelectual, dirigir a construção sadia da sexualidade, e formar conceitos e valores bíblicos nos filhos é dever da família. E isto fazemos para que todos os nossos filhos sejam ensinados pelo Senhor, e grande será a paz de suas crianças. (Isaías 54.13).
Biblicamente, quanto aos nossos filhos, serão como plantas, já desenvolvidos na adolescência; e nossas filhas, como colunas bem esculpidas, como obras de arte que ornam um palácio. (Salmo 144.12 KJA). Firmados em Deus, nossos filhos bem desenvolvidos se tornam belos, e nossas filhas se tornam uma verdadeira obra de arte, não só na beleza como no procedimento.
Assim sendo, cabe-nos educar com firmeza e amor, formando um caráter ilibado e uma fé inabalável e amorosa a Deus. E, como pais, seguiremos elogiando as boas escolhas, os atos de obediência, o sorriso alegre, as boas notas escolares, e a beleza serena que vemos nos príncipes e princesas da família – os filhos e netos que tanto amamos!
Elaine Cruz
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