Todos nós precisamos nos alimentar regularmente. Nosso corpo, incluindo nosso sistema nervoso, precisa de nutrientes para exercer suas complexas habilidades de forma contínua e regular.
Deus, em sua soberania, ainda no terceiro dia da criação, determina o aparecimento da vegetação, que serviria de alimento para a humanidade posteriormente formada: Então disse Deus: "Cubra-se a terra de vegetação: plantas que deem sementes e árvores cujos frutos produzam sementes de acordo com as suas espécies. E assim foi. A terra fez brotar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas espécies, e árvores cujos frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o terceiro dia. (Gênesis 1.11-13). Com o dilúvio, que causou mudanças práticas no tempo de vida da humanidade, Deus amplia ainda mais a dieta humana, incluindo a proteína animal: Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado, como a erva verde." (Gênesis 9.3).
O alimento é fundamental à vida, faz bem ao corpo, revigora as forças e recupera as perdas e o cansaço muscular e orgânico. Além disso, comer causa prazer, e o sentimento de saciedade gera bem-estar físico e emocional – sem contar que comer uma refeição cercada de pessoas ainda estimula nosso envolvimento afetivo e alicerça nossa construção social.
O problema envolvendo alimentação se complica quando uma pessoa se torna dependente de um tipo de alimento, ou quando a necessidade de comer se torna excessiva, compulsiva e incontrolável – e esta dependência pode atingir pessoas abaixo do peso, mas se complica com pessoas obesas.
Quanto à obesidade, estima-se que, no mundo ocidental, cerca de 30 a 40% das pessoas adultas sejam obesas. E dentre estas, aproximadamente 50% são viciadas em um tipo particular, uma combinação ou a quantidades específicas de comida. Na Europa, os custos do tratamento da obesidade em adultos dizem respeito a 65% de todo o custo com saúde, e há índices ainda mais altos apontados para os Estados Unidos. Todos os anos, incluísse no Brasil, muitos morrem de doenças atreladas à obesidade, como: Hipertensão, Diabetes, Síndrome metabólica, apneia do sono, doenças cardiovasculares (como angina, AVC e infarto), aneurisma, gangrena, esteatose hepática, osteoartrite, bulimia, dentre tantas outras.
Dentre os alimentos atrelados à Dependência alimentar, os mais comuns são: salgadinhos, frituras, doces, chocolate, biscoitos, pães brancos, massas, sorvetes e refrigerantes – sendo o açúcar a substância tóxica principal para a causa de doenças hepáticas. Além disso, a falta de exercícios físicos, a supressão do sono e o uso exagerado de gorduras são fatores que contribuem para a manutenção dos distúrbios alimentares.
São muitas as pessoas que comem para escapar de seus problemas emocionais, que tem resultado em desordens alimentares como anorexia e bulimia. Nos homens, a chamada aptidão estética, tem levado muitos à vigorexia (um vício de construção do corpo), fazendo com que administrem substâncias nocivas à saúde na busca por músculos definidos.
Comer é necessário e lícito. Há pessoas com um metabolismo mais rápido, outras desenvolvem intolerâncias quanto a alguns alimentos, e o avanço da idade complica a perda do peso para a maioria das pessoas. E a verdade é que todos sabemos o que nos convém: "Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine." (1 Coríntios 6.12).
Para os que são atraídos de forma descomunal para comer, sempre vale lembrar os conselhos que todos sabemos: optar por uma dieta mais saudável, substituir alimentos processados por naturais, evitar a cafeína, beber bastante água, sentar-se para comer com calma, ter pelo menos três refeições bem balanceadas e intercalar pequenos lanches entre elas, ter horários e rotina para alimentar-se, dormir bem, evitar estresse, fazer exercícios físicos regularmente e tratar a ansiedade. Pode ser que alguns poucos ainda precisem de terapia para tratar a compulsão, ou até mesmo de ajuda medicamentosa prescrita por um profissional da área médica.
Não se deixe dominar por comida, mas decida ser sóbrio e equilibrado em tudo: "Andemos honestamente, como de dia; não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja." (Romanos 13,13); "E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia." (Lucas 21.14).
Livre-se da ansiedade e da insaciedade. Lembremo-nos sempre de que só o Espírito Santo preenche plenamente nossa ama, saciando nossa fome de vida!
Elaine Cruz
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