Todos nós sabemos a importância de um suporte.No nosso cotidiano doméstico, lidamos com suportes para televisores e utensílios domésticos, e na vida profissional dependemos de suportes para mantermos nossa internet funcionando, ou de suporte tecnológico ou técnico para resolvermos questões estruturais internas de uma organização empresarial.
Hoje temos pessoas que oferecem seus serviços, oferecendo suporte para ajudar com questões trabalhistas, ambientais, financeiras e até midiáticas. Em hospitais há equipes de suporte que visam auxiliar no melhor organograma para alimentação ou locação de pacientes, bem como para a manutenção de equipamentos médicos essenciais à vida.
Suporte pode ser compreendido como sustentação, armação, alicerce, esqueleto, carcaça, arcabouço, infraestrutura, serviços, base de apoio. E todo suporte, seja ele físico ou fruto de uma estrutura cognitiva, precisa ser, no mínimo, confiável.
Quanto ao suporte emocional, é importante compreender que se trata de uma decisão de oferecer acolhimento, empatia e compreensão a alguém. E são muitos os que passam por situações complexas, e que carecem de suporte para conseguirem lidar com os reveses da vida.
Devemos oferecer suporte afetivo a pessoas que perdem entes queridos, estando presentes em hospitais e velórios. Podemos dar suporte pedagógico para crianças da nossa igreja que precisam de ajuda em áreas seculares (matemática, física, química, por exemplo), que dominamos. Podemos dar suporte emocional para adictos se manterem longe de drogas ou álcool, ajudando-os em escolhas cotidianas para que permaneçam longe de espaços comprometedores. E temos o privilégio dedarmos suporte espiritual para aqueles que são novos na fé, e precisam apreender as doutrinas e ter clareza de como agir na caminhada espiritual.
O apóstolo Paulo, de forma sublime, inspirado pelo Espírito Santo, afirma: “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.” (Colossenses 3:12-14).
Esta frase “suportem-se uns aos outros” de Paulo está dentro de um contexto diferenciado, que aponta para a necessidade de praticarmos profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Em linhas gerais e práticas, Paulo está nos exortando a engolir afrontas, a aprender a não devolver mal com mal, a desenvolver uma atitude de paciência com pessoas que ainda não foram completamente transformadas e podem ser arrogantes, críticas em demasiado, murmuradoras ou inconstantes em seus humores.
Nem todas as pessoas têm temperamentos semelhantes aos nossos, e precisamos compreender as formas diferentes das pessoas reagirem as situações. E suportar implica em se esforçar para entender o ponto de vista alheio, parar para analisar o que foi dito antes de responder de forma impetuosa, não julgar apressadamente, ou ferir irmãos que estão conosco na caminhada para os céus.
Além disso, novos convertidos, e os mais fracos na fé, podem levar um tempo para conseguirem eliminar o uso de palavrões ou para deixar o vício de fumar, por exemplo. Muitos chegam com casamentos desestruturados, acostumados a relações com muitas brigas, com discussões inúteis, e com a relação parental repleta de erros na disciplina com seus filhos.
Suporte, portanto, seus irmãos de fé. Ore, acolha, ouça. No que lhe for pertinente, aconselhe com sabedoria, amor e com base bíblica. Quando possível for, ofereça suporte financeiro ao que você conhece, cultua com você e é doméstico na fé. E aprenda a compreender a falta de educação, a dor ou preocupação alheia, que muitas vezes está encoberta debaixo de um comportamento frio ou de uma resposta atravessada que não é bem colocada, e pode irritar ou ferir. E perdoe as falhas e queixais alheias, orando por graça, por paciência e por um coração misericordioso.
Lembre-se que servir a Deus será sempre servir de suporte a outros, em um compromisso de ajuda mútua cotidiana - até porque também estaremos sempre sendo suportados, em diferentes níveis, por outros que nos amam e nos ajudam a chegar aos céus!

Elaine Cruz
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