Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Despedidas

Despedidas podem doer: o momento do último adeus a um familiar que será enterrado, ou o último abraço em aeroportos, nos filhos que moram em outro país.

Há ainda a despedida de um trabalho ou carreira profissional, para a qual nos dedicamos por décadas. Ou a despedida de um cônjuge que resolve ir embora, levando com ele os planos de um futuro, que agora não mais se realizarão.

Embora muitos nasçam e morram em uma mesma cidade, a maioria das famílias se move para outras cidades, estados ou países. E a cada mudança, nos despedimos de colegas de escola, amigos da adolescência, jovens com quem cantávamos na igreja, irmãos em Cristo, familiares e amigos.

Despedidas doem pois concluem uma fase ou período da vida que, aparentemente, nos era familiar. O coração humano se apega ao que conhece, ao que lhe dá segurança, ao que parece estável. No entanto, nas Escrituras vemos que crescer, amadurecer e avançar muitas vezes exige partidas necessárias, rupturas orientadas por Deus e despedidas que nos impulsionam a viver o propósito divino para nossas vidas.

A Bíblia nos apresenta muitas despedidas. Adão e Eva se despediram do Jardim do Éden, e depois se despediram definitivamente de Abel, e posteriormente de  Caim, que foi morar distante deles.

Noé se despediu de tudo que possuía e de todos que conhecia ao entrar na arca com sua família.  Abraão precisou despedir-se de sua terra, de sua parentela e da casa de seu pai, pois não entraria na promessa se permanecesse no conforto do conhecido.

O filho preferido de Jacó, José, também viveu a despedida forçada de seu pai, da túnica, da liberdade e até de sua reputação. Contudo, em cada despedida, Deus o fez crescer, amadurecer e se preparar para cumprir propósitos maiores.

Noemi se despediu de seu marido e de seus filhos, mas sua nora Rute a escolheu e se despediu da sua parentela, da sua cultura e da sua religião - despedidas que a colocaram na linhagem do Messias.

Alguns dos  discípulos de Jesus se despediram da pesca. Mateus se despediu da carreira  de cobrador de impostos.  Paulo se despediu de uma vida de honra e privilégios, e não foi fuga de responsabilidade, mas uma atitude como resposta ao chamado.

A verdade é que não crescemos espiritualmente quando tentamos manter as mãos no velho e no novo ao mesmo tempo. Há portas que só se abrem quando outras se fecham. Muitas  vezes, Deus nos chama a deixar o que é bom para receber o que é eterno. Até porque  Deus só enche as mãos que não estão cheias demais do passado.

Jesus também se  o despediu de Sua glória, assumiu a forma humana, viveu como servo (Filipenses 2:6–7). Mais tarde, despediu-se dos discípulos no momento da ascensão, mas nos assegurou de sua volta: em Deus, despedidas nunca são finais — são transições.

Nos últimos dias de dezembro, em que nos despedimos do ano que vivenciamos, que possamos repensar e deixar  o que não nos  faz crescer.  Precisamos nos despedir do que atrapalha a nossa fé, gerando novos hábitos  e caminhos que nos permitam nos aproximar mais de Deus  e dos seus propósitos para as nossas vidas. Em Deus, toda despedida em obediência se transforma em semente de crescimento - e creia que o que há à sua espera é melhor e maior do que você viveu este ano!

 

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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