Trabalhar com crianças é sempre um grande aprendizado.
Quando começamos a liderar ou dar aulas para os pequenos temos a certeza de que haverá uma troca de conhecimento, como uma via de mão dupla. Se eu me dedicar nos estudos para transmitir aos meus alunos, obviamente, aprenderei mais da Palavra. Mas não é só isso.
No Ministério Infantil, aprendemos que precisamos cuidar do rebanho que Deus tem colocado em nossas mãos. Mas, calma, não se escandalize! Não estamos propondo aqui que seremos consagrados ao ministério pastoral. Porém, se temos sido chamados por Ele para estar à frente de uma turma de crianças, precisamos entender que daremos conta de cada um deles ao nosso pastor local e ao nosso primeiro Pastor, Deus.
Já parou para pensar que o crescimento na vida espiritual de seus alunos depende de você, professor? Como um bebê que precisa do leite materno para sobreviver, as crianças precisam do ensino em classe (Escola Dominical) para aprender sobre Deus e sobre a vida cristã. E é nessa fase que formamos futuros obreiros e obreiras da Casa do Senhor. É nessa fase que construímos uma base de fé no coraçãozinho deles para crescerem com desejo de conhecer mais do Senhor.
As crianças são os nossos cordeirinhos e precisam de cuidados. Você já se despertou para isso? Tem olhado para eles com olhar de amor e de atenção? Ou só estamos preocupados em ter as salas de aula cheias de alunos, sem se importar com o crescimento espiritual deles? O dever de ensinar a Palavra fica só com os pais ou também temos essa responsabilidade?
Se você lendo as perguntas acima, pensou que temos sim que olhar para eles com amor e temos o dever de ensinar o Caminho certo, está correto. Deus nos chamou para isso! Claro que a família ajudará muito se fizer o “trabalho de casa” de se sentar com os filhos diariamente e falar do Amor de Jesus (seja em devocional ou em um culto doméstico). Mas não podemos nos isentar dessa tão grande responsabilidade. É nosso dever orar pelos nossos alunos, nos preparar para estar em sala e estar preocupado com a vida espiritual de cada um deles. Já reparou que muitas crianças quando crescem se desviam da igreja? Infelizmente, eles não tiveram o real encontro com o Senhor na infância ou deixaram-se levar pelas más companhias na fase da adolescência. Oremos pelos pequeninos!
Pense um pouco no seu chamado. Lembra da primeira vez que entrou em uma sala para dar aula? Acredito que como eu, você não imaginava que o seu ministério cresceria tanto, que as crianças sairiam da sua turma para outra e novas chegariam para receber os seus ensinos. Professor, você é muito importante para Deus! Mesmo que não te valorizem, saiba que quem te chamou foi o Grande Professor, e é Ele quem garante na sua vida!
“Apascenta os cordeirinhos” (João 21.15) Você pode perguntar, mas como podemos apascentar? Preocupe-se com cada um deles. Queira chamar para si a responsabilidade de ganhar essa criança para Jesus. “Pesque” essa alma e depois ensine os primeiros passos. Como uma mãe que vibra quando um filho fala “mamãe”, mesmo de forma errada ou faltando alguns fonemas, vibre com o desempenho dos seus alunos. Se eles já sabem orar, coloque para fazer isso. Se tocam algum instrumento, por que não pedir a eles para tocar em sala de aula ou no culto infantil? Se tem Bíblia e sabem ler, peça para que leia um versículo. E se nada disso for sua realidade com as crianças, está na hora de você semear isso dentro deles. Nada acontece por acaso.
Como cordeirinhos, eles precisam se alimentar da Palavra, beberem da Fonte que é o Senhor Jesus e aprenderem a dar os primeiros passos na fé. Está preparado para essa missão? Não se preocupe, é desafiadora, eu sei, mas será muito recompensadora quando Jesus te perguntar naquele Grande Dia: o que você tem em suas mãos? E você apresentará ao Mestre cada criança que já passou na sua classe ou na sua vida.
Ame intensamente cada um! Ore por eles! Aprenda a entender cada um, pois são de jeitinhos diferentes e, principalmente, guie esse rebanho no Caminho da Salvação.
No próximo artigo, falaremos mais um pouco sobre Ministério Infantil! Está comigo? Então, nos veremos lá.
Por Luciene Saviolli