Ainda em continuidade à série de reportagens sobre as mulheres que fizeram história nas Assembleias de Deus, vamos conhecer a família de Florinda Brito, que juntamente ao esposo, Eduardo de Souza Brito, apoiaram Gunnar Vingren e deixaram o missionário realizar cultos no porão da casa deles.
O primeiro culto aconteceu no dia 22 de novembro de 1923, com 20 pessoas, aproximadamente, na casa que ficava no bairro de São Cristóvão (RJ). Eles se reuniam nos sábados à noite, e, em algumas vezes a oração se estendia até o início da madrugada.
Conheça mais a história de Florinda Brito e de suas filhas.
Florinda Brito
Portuguesa, casada com Eduardo de Souza Brito, residia em São Cristóvão. O casal veio do catolicismo.
Ela foi batizada nas águas, em 29 de junho de 1924, no primeiro batismo realizado por Gunnar Vingren, na praia do Caju. Florinda exercia caridade com as pessoas. Ela tinha o costume de acolher pessoas pobres na hora do almoço e amparar os desabrigados.
A casa dos Britos ficou conhecida por receber Gunnar e Frida Vingren quando estavam no Rio, até mudarem para a casa na rua Tuiuti, também no bairro de São Cristóvão e era ali onde aconteciam os primeiros cultos. Foi em uma dessas reuniões de oração, que Deus falou que eles precisavam organizar a primeira igreja Assembleia de Deus no Rio de Janeiro.
O casal teve sete filhos: Carlos, Sylvio, Armando, Octávio, Zélia, Natalina e Cacilda. Carlos foi advogado e o primeiro a ocupar o cargo de diretor do jornal Mensageiro da Paz, de 1934 a 1940. Sylvio Brito foi pastor na AD de São Paulo e no Brás. Octávio foi jornalista.
Cacilda era atuante na igreja junto à juventude, ensaiando peças e apresentações para datas comemorativas. Era professora da Escola Dominical na classe de jovens e musicista; tocava violino na orquestra da igreja.
Ela foi articulista do jornal Mensageiro da Paz na década de 30. Também escreveu as primeiras lições de Escola Dominical para as crianças, em 1943, ao lado de Nair Barata Soares, publicadas pela CPAD e compôs alguns hinos.
Zélia passou a cooperar com os missionários Gunnar e Frida Vingren, no início da igreja Assembleia de Deus. Ela participava da evangelização na Penitenciária Frei Caneca, que acontecia aos sábados pela manhã e, à noite, atuava no culto ao ar livre, realizado em algumas praças. Ainda encontrava tempo para publicar artigos no jornal Mensageiro da Paz, na década de 30. Casou-se com Paulo Leivas Macalão e foi uma das grandes ajudadoras da obra ao lado do marido.
A história de Florinda e das filhas Cacilda e Zélia se encontram em capítulos distintos do livro 100 Mulheres que fizeram a história das Assembleias de Deus no Brasil, do pastor e historiador Isael de Araujo, publicado pela CPAD. Vale a pena você conhecer mais sobre essas mulheres.
Por Luciene Saviolli
Referência:
ARAÚJO, Isael. Florinda Brito. In: 100 Mulheres que fizeram a história das Assembleias de Deus no Brasil. [S. l.]: CPAD, 2011. cap. Florinda Brito, p. 70-71.
ARAÚJO, Isael. Cacilda Brito. In: 100 Mulheres que fizeram a história das Assembleias de Deus no Brasil. [S. l.]: CPAD, 2011. cap. Cacilda Brito, p. 73.
ARAÚJO, Isael. Zélia Brito Macalão. In: 100 Mulheres que fizeram a história das Assembleias de Deus no Brasil. [S. l.]: CPAD, 2011. cap. Zélia Brito Macalão, p. 77-79.
