Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

A pessoa amada

Sempre que viajo pelo Brasil, percebo o quanto as cidades brasileiras estão cheias de cartazes do tipo “tenha a pessoa amada em três dias”, cujo anúncio é sempre associado a práticas, chamadas religiosas, mas que na verdade são demoníacas. Tenho a convicção de que é propaganda enganosa, além de uma grande cilada para prender pessoas ao mundo espiritual maligno – mas são muitos sós que respondem aos anúncios! 

Entretanto, o que também me incomoda é a expressão pessoa amada. Que amor é esse que anula o livre arbítrio do outro, prendendo-o a uma situação indesejada? Que implica em pagar para obrigar o outro a voltar a uma relação infeliz? Que destrói lares, tirando cônjuges de casamentos para que estes fiquem "enfeitiçados" por uma pessoa mesquinha, que só quer realizar o seu capricho de ter quem deseja por perto? 

Me preocupo com quem destrói lares, sempre procurando pessoas casadas para se relacionar. Desde quando amar alguém significa escravizar ou tomar posse do outro, que já fez a opção por outra pessoa a quem decidiu amar? Desde quando destruir uma família é um ato a ser realizado para agradar a "pessoa amada"? Qual a vantagem de ter ao lado alguém que não ama, estando com outros pessoas só por feitiço? E como a chamada pessoa amada vai ser feliz ao lado de alguém manipulador e egoísta?

Quando temos Deus estamos livres de toda forma de encantamentos ou feitiçarias. Mas, infelizmente, muitos são os que, por não estarem debaixo da cobertura espiritual divina, acabam sendo arrastados por paixões demoníacas, presos a relacionamentos pecaminosos, sob feitiçaria, dos quais não conseguem sair. Sim, infelizmente, uma paixão doentia pode fazer com que algumas pessoas recorram a práticas errôneas, investindo dinheiro e tempo no exercício de encantamentos e feitiçarias!

Muitas maldades são cometidas em nome da paixão – mas paixão não é amor, e devemos fugir dela. Anular o outro, suas escolhas e vontades, não são atos de amor. Capricho, egoísmo, manipulação, controle, imposição e desrespeito não se associam ao amor: O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (1 Coríntios 13.4-7). 

Precisamos sempre repensar o amor. O amor é divino, portanto correto, legítimo e respeitoso. O amor é racional, fruto de escolhas e decisões cognitivas, sendo o afeto voluntário, e a entrega consciente. Deus é amor. Por amor ele nos entregou seu Filho Jesus.  Por amor ele nos permite viver, respirar, usufruir de saúde, e dos amores de pessoas queridas, como pais, filhos, amigos e irmãos da grande família de Deus. E também, por amor, ele nos dotou de livre arbítrio, inclusive para amá-lo de volta. O evangelho não faz lavagem cerebral, e as leis de Deus, mesmo aceitas pela fé, são racionais. Deus não nos apresenta um amor manipulador, e não aceita um amor inconsciente ou indesejado. 

Que sua pessoa amada sempre decida amar você! Afinal, o amor é sempre fruto de uma decisão – primeiramente divina, pois Ele nos amou primeiro, e depois humana!

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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