Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

O valor do Silêncio

Você já deve ter ouvido falar que os bebês, no início do século passado, demoravam alguns dias para abrir os olhos. Já na década de cinqüenta, demoravam algumas horas, permanecendo imersos no silêncio com que estavam acostumados no útero materno. 

Como o mundo era mais silencioso, os estímulos eram menores, e as crianças nasciam mais calmas, demorando mais tempo para reagir aos estímulos do mundo exterior. Hoje elas já nascem procurando os sons, atentas para o mundo à sua volta, rolando na cama em questão de dias.   

O mundo está cada vez mais barulhento. Os estímulos que recebemos diariamente são inúmeros. Cada vez se torna mais difícil encontrar momentos de silêncio: os eletrodomésticos tocam música quando encerram as funções planejadas, televisores emitem sons cada vez mais altos, jogos são barulhentos, e até o celular emite sons a cada mensagem que entra nas redes sociais (sons que você pode tirar!?!). 

Os estímulos são muitos, os barulhos são demasiados, e tantos sons nos cansam, a ponto de ouvirmos sem manter a atenção aos noticiários e às falas de pessoas que nos rodeiam. 

Muitas vezes escutamos até o que não queremos: um shopping pode tocar uma música obscena, uma pessoa pode falar palavras torpes dentro de uma condução, um colega de trabalho pode conversar no celular algo que não aprovamos. Quando isto acontece, e piadas indecentes, palavrões e fofocas fúteis começam a ser ditas, e você não puder sair de perto, precisa aprender a escutar e não ouvir, voltando sua atenção para seu trabalho ou até mesmo para uma música que cantarola internamente. Quando for possível, introduza um tema na conversa, elevando o nível moral e intelectual, mas não se permita contaminar com a escuta indesejada.

Escutamos, captando através da audição os sons, e processamos a informação internamente, usando nosso raciocínio para investigar os valores do que ouvimos, aceitando ou rejeitando as afirmações ou impressões. Assim sendo, ouvir cansa, especialmente quando ouvimos conversas inúteis, palavras duras, injúrias que não merecemos, calúnias que machucam a alma. 

Há muita agitação, muita fofoca, muita correria, muitos barulhos à nossa volta. São muitos os marqueteiros pessoais, que passam o dia falando das suas proezas. Há os que acham que sempre destilam gotas de conhecimento, os Coachs que só proferem frases de efeito superficiais, além da multidão de fofocas e intrigas nas redes sociais. 

É por estas, e muitas outras razões, que precisamos aprender a ficar em silêncio, pelo menos algumas horas do nosso dia.  Eventualmente, precisamos parar, esperando tranquilos e em silêncio, para tomarmos decisões acertadas: O Senhor é bom para os que dependem dele, para os que o buscam. Portanto, é bom esperar em silêncio pela salvação do Senhor. (Lamentações 3.25,26). 

Precisamos do silêncio para calar nossas vozes internas –  pensamentos ansiosos, agitados, que perturbam nossa paz. Necessitamos silenciar nossos temores, nossas inquietações. É bom estar em silêncio para, depois que expormos a Deus nossas necessidades em oração, ouvir o que o Espírito Santo quer nos dizer, o que Ele nos orienta. 

Que vozes você precisa silenciar?

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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