Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Transtorno Explosivo Intermitente

Temos assistido o aumento do estresse, desencadeado pelas pressões da vida, em diversas áreas e por diferentes motivos. Muitas pessoas vivem tão abarrotadas de tarefas e preocupações, que não conseguem dormir o suficiente, descansar o necessário, e nem mesmo relaxar a musculatura corporal enquanto dormem.

Podemos definir estresse como o estado de alerta que o organismo deflagra ao se deparar com uma situação que requeira mais esforço ou concentração. Pode ser considerado positivo quando é momentâneo, mantendo o cérebro em alerta, estimulado e ativo. Isto acontece quando, por exemplo, um professor questiona um aluno, ou quando uma mãe ouve seu bebê chorando – a mãe entra em estresse para responder ao que ele precisa, e se acalma depois da situação contornada.

Contudo, o estresse faz mal quando não se justifica, quando há excesso de trabalho e de responsabilidade, ou muita aflição na resolução de um conflito que se prolonga mais tempo que o necessário. É o caso da pessoa que fica presa em um congestionamento, sabendo que vai levar bronca do patrão; do aluno que vive preocupado com seu rendimento escolar porque tem dificuldades de aprendizagem; ou da mãe que vive apenas para cuidar dos filhos, sem horário de descanso nem tempo para si mesma.

Os eventos estressantes e frequentes do cotidiano, por estimularem por tanto tempo o cérebro, podem causar um desequilíbrio químico, o que prejudica o funcionamento perfeito do organismo. Esta variação bioquímica faz com que nosso corpo entenda que não pode mais descansar – o estado de alerta se torna constante, e a pessoa mantém-se estressada pois sua mente não descansa.

Além do estresse envolvente nas questões cotidianas corriqueiras, vivemos dias em que a violência tem estado cada vez mais frequente em noticiários, desenhos infantis, filmes, séries televisivas e na mídia social. Crianças muito pequenas, a partir de dois anos, estão sendo estimuladas a serem violentas através de jogos, muitos deles assistidos a partir do celular dos próprios pais. Na segunda infância, a partir dos seis anos, muitos destes jogos têm como prêmio final matar o vilão, e muitas vítimas morrem nas várias etapas do jogo – um estímulo gratuito à agressividade e ao homicídio.

Filmes e seriados formatados para adolescentes e jovens, quando não investem em conteúdo pornográfico, abusam de socos, pontapés, tiroteios, agressões verbais e homicídios. Músicas estimulam o ódio por outras pessoas, e muitas vezes usam refrões altamente agressivos, incentivando o uso de drogas, o aborto e a agressividade.

Todos estes fatores, associados ainda com uma má educação emocional, em que limites e respeito ao outro não são formatados, além da ausência de Deus, tem levado muitas pessoas a desenvolverem o chamado Transtorno Explosivo Intermitente (TEI). Este se desenvolve em indivíduos que se mostram incapazes de gerenciar seus impulsos agressivos, assumindo comportamentos agressivos e ataques de fúria, completamente desproporcionais em relação à provocação ou ao fato que causou a explosão.

Nas chamadas explosões leves, muitos agem com ameaças, xingamentos, ofensas, gestos obscenos, ataque de objetos e agressões físicas sem lesão corporal, com uma frequência média de duas vezes na semana por um período mínimo de três meses. Nas explosões mais severas, pode ocorrer destruição de propriedade/patrimônio e ataques físicos com lesão corporal, pelo menos três vezes dentro do período de um ano.

O diagnóstico leva em consideração o fato de que as explosões de agressividade recorrente não sejam premeditadas, com a finalidade de atingir algum objetivo tangível, como obter dinheiro, poder ou intimidação. Os ataques não devem acontecer devido ao uso de substâncias (ex. álcool, drogas, medicamentos) e nem associados a qualquer outra condição psicológica, como transtornos depressivo, bipolar, psicótico, antissocial, etc., bem como fruto de alterações médicas, como traumatismo craniano ou doença de Alzheimer. Qualquer que seja a natureza da agressão, é comum o paciente sentir arrependimento, vergonha, culpa ou tristeza após a explosão. É esperado que haja um sofrimento acentuado, e este arrependimento é o ponto inicial para o reconhecimento da necessidade de um acompanhamento médico psiquiátrico e psicológico.

O Transtorno Explosivo Intermitente é mais uma doença originada pelos desdobramentos do pecado, pois o procedimento de pessoas violentas não deve ser adotado pelos filhos de Deus. A Bíblia nos adverte a assumirmos uma postura pacífica de amor e misericórdia, sendo semelhantes a Jesus pois, diferentemente do padrão mundano, somos ensinados a viver em paz com todos, a amar aos inimigos e orar pelos que nos perseguem.

Vamos buscar tratamentos para nossos familiares que desenvolvem transtornos emocionais, pois muitos têm adoecido no corpo e na alma. Porém, vamos orar constantemente para que em nossas casas haja sempre a paz que advém de um espírito manso e tranquilo diante de Deus!

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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