Todo ser humano é influenciável.
Somos influenciados por outros desde o nascimento, que nos marcam com suas vivências e exemplos. E é a partir dos ensinos recebidos que vamos internalizando conceitos científicos, valores socialmente construídos, e valores morais e espirituais.
Os conceitos e valores internalizados, somados às vivências pessoais, formam nosso caráter. Vamos formatando nossos Princípios Organizadores, desenvolvendo, ou não, a auto confiança, a fidelidade, e uma perspectiva positiva sobre os fatos. Nossa afetividade, bem como a expressão dos sentimentos, são desenhadas ao logo dos anos, fundamentando relações afetivas, mais ou menos estáveis e felizes.
Todos os nossos comportamentos são aprendidos. Vamos elaborando ou aprofundando nossas competências e habilidades, bem como a agressividade, o medo, a coragem, os vícios, a competitividade e os hábitos.
Em todos estes processos que envolvem o fato de sermos humanos, somos afiados, moldados e formados por outros. A Bíblia já afirma: “Como o ferro afia o ferro, assim um amigo afia o outro.” (Provérbios 27.17).
Assim sendo, não há a tão superestimada neutralidade conceitual. Não há como nascer e, de forma particular e singular, decidirmos sozinhos, sem influências externas, nosso padrão comportamental ou conceitual.
Assim sendo, não há verdade em frases tão usuais, como: “Cada um firma a si mesmo”, “Cada um pensa o que quer”, “Cada pessoa tem suas próprias ideias”, “Eu decido o que eu quero sem interferência alheia”, “Não preciso pensar igual a ninguém” ou “Ninguém exerce domínio sobre mim”.
A Bíblia afirma em 1Coríntios 15.33: “Não se deixem enganar pois as más conversações corrompem o bom caráter”.
Sim. Conversas, amizades, influenciadores digitais, pregações, ensinos, coachs, leituras, filmes, músicas, TikTok, reels, postagens em aplicativos, pessoas e grupos seguidos em redes sociais, e qualquer experiência real ou virtual nos afeta.
Somos influenciáveis. Não há neutralidade conceitual ou afetiva. Internalizamos tudo que lemos, ouvimos ou imaginamos. Memorizamos fatos e afetos. Somos o resultado de vivências e escolhas nossas e dos outros.
Portanto, devemos escolher muito bem quem ou o que irá nos influenciar. E não nos esqueçamos de que somos influenciados, mas não podemos perder o direito e poder de decidir: “Ponham à prova tudo que é dito e fiquem com o que é bom. Mantenham-se afastados de toda forma de mal.”(1Tessalonicenses 5:21-22).
Avaliemos muito bem o que temos visto e ouvido. Afinal, "tudo me é permitido", mas nem tudo convém. Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine." (1 Co 6.12). Assim sendo, tomemos muito cuidado com a superexposição, para não desenvolvermos uma mente cauterizada pelo pecado.
Não podemos ficar com nossa consciência insensível aos valores bíblicos, rígida por conta de conceitos mundanos, e adormecida pelo pecado.
Lembremo-nos das palavras de Paulo: “O Espírito afirma claramente que nos últimos tempos alguns se desviarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a ensinamentos de demônios, que vêm de indivíduos hipócritas e mentirosos, cuja consciência está morta.” (1Timóteo 4:1-2).
Todo influenciador objetiva construir valores, desmontar conceitos e formar seguidoras - mas este papel na nossa vida pertence a Deus!
Elaine Cruz
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