Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Não se pode matar um crente!

Os primeiros convertidos ao Evangelho pregado por Jesus eram conhecidos como os seguidores do Caminho. E, não importando se eram judeus ou gentios, os neoconversos foram extremamente perseguidos no início da Igreja. 

Lucas registra o apedrejamento de Estêvão, a decapitação de Tiago, e revela a fúria de Saulo contra a Igreja. Sabemos que João foi exilado, e muitos discípulos, apóstolos e pastores foram feridos, torturados, presos e mortos, como: Pedro, Silas e Timóteo. 

Contudo, a perseguição só piorou ao longo dos primeiros séculos, especialmente na Ásia Menor (atual Turquia) e em Roma, a capital do império romano.

A construção do coliseu de Roma começou sob o governo do imperador Vespasiano, em 72 d.C. e foi concluída em 80 d.C., sob o regime de Tito. O anfiteatro poderia abrigar mais de 50 mil espectadores, sendo usado para combates públicos de gladiadoras, simulações de batalha naval e para execução de prisioneiros.

Neste local, milhares de cristãos perderam suas vidas, em espetáculos públicos, por não negarem sua fé em Jesus. Inúmeros foram mortos à espada, outros foram afogados, e muitos foram entregues a feras esfomeadas, que dilaceravam a carne de crianças e adultos. Historiadores registraram que, mesmo cientes de que morreriam sob a êxtase das pessoas nas arquibancadas sedentas por sangue, a maioria dos crentes morria cantando e exaltando a Deus com suas mãos levantadas. Homens e mulheres estavam entregando suas mortes ao que garante vida eterna! 

Estou escrevendo este artigo na cidade de Roma, sentada dentro do coliseu romano. Sempre que venho a este lugar, choro ao pensar em tantos irmãos que morreram pelo Evangelho, e sei que eles já alcançaram a vida eterna que ainda almejamos. 

Olho para as ruínas e me emociono ao pensar no preço que muitos estiveram dispostos a pagar para permanecerem no Caminho. E ao mesmo tempo me pergunto sobre o quanto muitos hoje estão descompromissados com a fé, negando Deus por conta de amigos, vícios e facilidades pregadas por oportunistas. Nós manteríamos a fé diante de leões e tigres famintos, prontos para atacar? 

Conseguíamos cantar enquanto lanças feriam nossos corpos? 

Ou nos ajoelharíamos para orar enquanto as águas subiam para nos afogar? 

Estamos dispostos a pagar o preço? Ou amigos, fama, sucesso, dinheiro, segurança e poder são mais valiosos do que nossa fé em Jesus? 

Sim. Muitos morreram e morrem todos os dias, simplesmente porque não negam sua fé no Evangelho que pregam e vivem. Entretanto, mesmo que passem pela morte física, há um hino antigo cuja mensagem permanece atual: 

Não se pode matar um crente
Quem é salvo não morre, não!
Ele sobe à presença de Deus pra receber galardão.
Roupas alvas, tão limpas e puras,
Ele veste pra vida maior,

Perde tudo por amor a Cristo
Pra viver em uma vida melhor. 
Os romanos se divertiam
Vendo as feras matar os cristãos.
Não sabiam que lá nas arenas as gotas  de sangue eram grãos,
Que brotavam e se espalhavam
E de Deus recebendo poder, pra provar aos reis deste mundo
Que um crente não pode morrer!

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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