A paz do Senhor irmãs. Sou a Jêile Tavares Vieira Schwambach, jornalista e membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Porto Velho (RO). E hoje quero contar um dos milagres que Deus fez na minha vida. 

No dia 17 de dezembro, sofri um grave acidente em Porto Velho. Estava em uma moto e o carro de um policial me pegou em cheio e me jogou longe, onde fiz o voo da morte e cai com o rosto no asfalto. Não me recordo muita coisa, porém, acredito que em pouco tempo estava em um hospital onde corriam comigo para várias partes já que estava com hemorragia interna!

Após muito corre-corre, consegui perceber que estava em um quarto e eu agonizava, pois, mesmo em um balão de oxigênio, respirava com muita dificuldade, não sabia o que estava acontecendo. Mas a minha mente funcionava e percebi que estava partindo, pois, não conseguia fôlego. Naquele momento disse: “Chegue aqui Jesus, esta é a hora que mais preciso de ti!” Após estas palavras, o quarto todo clareou e vi quando entrou pela porta um homem com veste branca longa, cabelos brancos como a lã; não o vi de frente, pois, seu rosto resplandecia muito, não conseguia ver. Ele não entrou de costas, entrou de lado. Percebi que era o meu Jesus, então comecei a gritar: “Jesus está aqui, Jesus chegou. Ele está aqui!” Gritava somente no pensamento, pois, estava no balão de oxigênio. Logo, entrou uma paz muito grande dentro de mim, o fôlego havia voltado, consegui respirar melhor e foi quando ouvi a voz do meu esposo ao meu lado e tentei dizer para ele que Jesus estava ali. Lógico, ele não ouviu, pois, falava com o pensamento.

Imediatamente comecei a vomitar, correram e tiraram o oxigênio e vomitei muito sangue da hemorragia interna que estava me matando, dei um banho de sangue no meu esposo! O médico, dono do hospital, disse a mim: “Graças a Deus, você voltou, não te perdemos!” Agora você está bem, o buco maxilar vai falar com você para analisar o seu rosto.

Quando o buco maxilar chegou, sentei-me e procurava com a língua, meus dentes e não encontrava. Foi então que descobri que havia quebrado a base do maxilar, meu queixo havia partido no meio, meus lábios estavam cortados e todos os meus dentes, por um milagre estavam ali, porém, todas as raízes haviam sido atingidas estavam quase que pendurados. O branco dos meus olhos desapareceu, agora eram vermelhos e abaixo de cada olho tinha duas bolsas de sangue. O rosto inchou muito, parecia um monstro.

Ao analisar a situação alarmante, o buco disse que teria que fazer uma cirurgia em formato de L no meu rosto. Essa cirurgia atravessaria todo o lado direito do rosto e queixo com parafusos, mas mesmo com a cirurgia teria dificuldades para falar porque o lado direito da boca ficaria um pouco caído. Completou que seria uma cirurgia difícil, pois o corte no lado direito do rosto passaria perto de um nervo que qualquer errinho comprometeria meus movimentos.

Recordei-me no momento de uma promessa que o Senhor me havia feito alguns anos atrás: que eu seria missionária em um país bastante frio. A pessoa, com parafusos no corpo, na época de frio, sofre muitas dores! Então, com muita dificuldade, mais balbuciando que falando, disse ao médico: pense um pouco e arrume outro jeito, porque esse não poderá ser. Deus o fez entender e parou, pensou e disse: “Vamos para a sala de cirurgia agora, vou fazer algo diferente, porém, acredito que você não aguentará cinco dias com esse procedimento”. 

Levou-me à sala de cirurgia e, com um dentista, tentaram colocar meu rosto mais ou menos no lugar, amarraram dente com dente e fiquei com os dentes e boca trancados. Deixaram um espacinho em um dente do lado para, com uma seringa, injetar água e suco. Ao terminar o procedimento me mandou para casa dizendo que iria para Minas Gerais e após 15 dias estava de volta para fazer minha cirurgia e completou que aquele procedimento era somente para amenizar para a cirurgia, mas que voltaria antes do tempo para tirar o procedimento porque já havia testado em outras pessoas e ninguém aguentou, voltaram antes dos cinco dias.

Com três dias, eu já estava em desespero na casa da minha mãe, porque não podia comer, nem bocejar, nem tossir. Meu esposo colocava somente água, suco e batia alguma coisa no liquidificador (bem líquido) e colocava entre esses dois dentes com espaço mínimo! Foi então que comecei a dizer: “Jesus tua Palavra diz que Tu és o príncipe da paz, socorre-me, enche-me de paz.” Começou entrar uma paz imensa dentro de mim, essa paz fez com que eu aguentasse 21 dias!

Ao chegar ao médico, ele ficou paralisado somente em ver que aguentei todos aqueles dias tenebrosos e me disse: “Vou desamarrar teus dentes e não se preocupe, que novamente tudo vai cair porque a base do maxilar está quebrada”. Tirou as amarras e nada caiu! Então falou: “Não caiu?” Disse: “Não, doutor.” Ele disse: “Senta aí e aguarde 30 minutos, porque vai cair”. Aguardei 1h e nada caiu! O doutor admirado, sem acreditar, me levou para fazer uma panorâmica do rosto e ao pegar o resultado não acreditou e disse: “Tem alguma coisa errada, vamos fazer outra” e assim se repetiu por três vezes, ao final disse: “Você é a mulher de mais sorte nessa terra, trabalho há trinta anos com esse tipo de acidente e nunca vi algo igual, seus ossos estão completamente colados, perfeitos, não precisa mais de cirurgia. Você está perfeita!” Respondi: “Não é sorte, doutor, isso se chama Deus, pertenço a uma igreja que ora, família que ora e sou uma mulher de oração. Jesus fez o milagre no meu rosto!”

Ao finalizar, observou: “Não posso colocar minha profissão em risco” e fez mais um exame. Só restou me dar alta, dizendo que, se visse qualquer coisa anormal, era para voltar na segunda-feira. Até hoje, nunca precisei voltar! Para quem faria cirurgia e ainda ficaria com dificuldades para falar, com apenas 30 dias depois, eu estava pregando na cidade de Candeias do Jamari (RO). Sem nenhuma sequela, perfeitamente curada e meu rosto ficou mais bonito, pois, acredito que Deus fez a cirurgia e aproveitou para dar uma ajeitadinha nele, glória a Deus! 

Agradeço ao pastor Joel Holder (in memorian), era meu pastor na época e junto com a igreja me acompanharam de perto. Também ao missionário Blayner, (hoje faz missões em Portugal), que enviado pelo pastor Joel, foi ao local do acidente e nos ajudou. E agradecer ao meu esposo Evaldo Schwambach e minha família que cuidaram muito bem de mim durante todo o processo. Agora eu levo esse testemunho sempre nas igrejas, pois sirvo a um Deus que faz milagres!

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