Texto: Jó 9.1-12
Todos os leitores da Bíblia conhecem a história de Jó, um homem justo, reto e que se desfiava do mal. Esse testemunho sobre ele foi dado a satanás, o enganador e acusador dos irmãos. Os seus amigos, a princípio, não entendiam o porquê do seu sofrimento e o próprio Jó atribuía a Deus.
Depois de algumas acusações feitas pelos seus amigos, Jó tenta confessar a justiça de Deus. E ao mesmo tempo a sua miséria. Como é difícil passarmos por situações aflitivas, e muitas vezes nem compreendermos o porquê.
Jó traz uma verdade irrefutável. Ele se expressa dizendo: na verdade sei que assim é; porque como se justificaria o homem para com Deus? Ele faz esse reconhecimento tão importante. Apesar de está em uma situação deplorável, ele reconhece que o homem jamais têm condições de argumentar com o Senhor sobre Suas obras, Seu divino conselho e Sua sabedoria. Em sua confissão, Jó revela sua dependência de Deus pelo fato de que Deus detém todo poder e nossa justificativa perante Ele não tem valia, mas nossa humildade quebranta o Seu coração. Por isso, Davi diz: Ao coração contrito e humilhado Deus não despreza. No Salmo 138.6 está escrito: O Senhor é excelso, contudo atenta para os humildes; os soberbos, ele os conhece de longe. A humildade atrai a Deus, a soberba o repele. Jó tinha esse conhecimento. Por isso, em nenhum de seus argumentos pecou contra o Todo Poderoso.
Neste texto, também, o patriarca ressalta a soberania e grandeza de Deus. Nos versos 3 ao 12 ele diz: Se quiser contender com ele nem a uma de mil coisas lhe poderá responder. Ele é sábio de coração, poderoso em forças, quem se endureceu contra ele e teve paz? Ele é quem transporta as montanhas sem que o sintam, e o que no seu furor as transtorna, o que remove a terra do seu lugar, elas suas colunas espremessem, o que fala ao sol, e ele não sai, e sela as estrelas, o que sozinho estende os céus e anda sobre os altos do mar, o que faz a ursa e o Orion e o Sete-Estrelo, e as recamaras do sul. O que faz coisas grandes que se não podem esquadrinhar, e maravilhas tais que não se pode contar. Eis que passa diante de mim e não o vejo, e torna a passar perante mim e não o sinto. Eis que arrebata a presa, quem lhe fará restituir? Quem lhe dirá que fazes?
Este foi um dos lamentos do patriarca na hora da sua dor. Quando ele não entendia nada, nunca ousou pôr a culpa em Deus. Quando lemos o capítulo 23 ele diz: Mas se ele está contra alguém quem então o desviará? Jó estava falando da soberania de Deus e segue dizendo: o que a sua alma quiser isso fará. Depois desta declaração podemos ver a voz da fé. Em meio ao sofrimento, ele exclama: porque cumprirá o que está ordenado ao meu respeito e muitas coisas como estas ainda tem consigo.
Podemos dar alguns passos para sentirmos alívio em meio a dor.
1- Temos que depender inteiramente de Deus; Jesus disse: sem mim nada podeis fazer (Jo 15.5)
2- Confiarmos que em qualquer situação, Ele nos acompanha (Is 43.2-3)
3- Crermos que as promessas se cumprirão nas nossas vidas (Rm 4.17-22)
4- Devemos permanecer em oração ainda que não entendamos o processo que estamos passando (Sl 42.5)
5- Devemos buscar de Deus o que Ele quer nos ensinar na hora da dor (Sl 120.1)
Por fim, aconselho-lhe a tirar as lentes do pessimismo, da autocomiseração e pôr as lentes da fé e você vislumbrará o que Deus diz através do profeta Jeremias: porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito diz o Senhor; pensamentos de bem e não de mal para vos dar o fim que esperais (Jr 29.11).
Creia que essa dor passará e o tempo de cantar chegará.
Meu abraço no seu coração!
Judite Alves
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