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Sonia Pires

Psicóloga Clínica; Psicóloga Clínica; ⁠Psicoterapeuta; ⁠Neuro Psicóloga; Pós Graduada em Instrumental Enrichment - Phase I e II em Israel (1994); Pós Graduada em Instrumental Enrichment Lebel III Training no Canadá; ⁠Palestrante em diferentes temas nas áreas de Psicologia e Fé Cristã;⁠ Escritora; Autora do Livro "Entre Nós Mulheres" (CPAD) ; ⁠Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Belenzinho (SP); Professora da Classe de Senhoras da EBD; Voluntária no “ASILAR” e Asilo e lar da AD - Belém (SP). 

 

 

Ciúme: cuidado zeloso ou sentimento de posse?

Porque o Senhor teu Deus é Deus zeloso.” (Deuteronômio 4:24)

O ciúme é um sentimento que habita o coração humano desde os tempos antigos. Pode nascer do amor genuíno e da vontade de preservar o que é precioso, mas também pode se transformar em um fogo destrutivo, que consome a razão e corrói os relacionamentos. 

A Bíblia nos mostra que há uma diferença profunda entre o ciúme divino, que é expressão do amor protetor de Deus, e o ciúme humano, que brota da insegurança, da desconfiança e do desejo de controle.O ciúme divino é puro, nasce do zelo amoroso do Criador que deseja proteger o Seu povo das influências que o afastam d’Ele. Deus tem ciúme porque nos ama, porque quer exclusividade no nosso coração e sabe que só Nele encontramos segurança e vida. É o zelo de um Pai que não quer ver seus filhos enganados por falsos deuses, nem destruídos por escolhas erradas. Este sentimento está ligado à fidelidade e à aliança: “Porque o Senhor, cujo nome é Zeloso, é Deus zeloso” (Êxodo 34:14).

Já o ciúme humano, quando não tratado, revela um coração ferido. Na perspectiva da Psicologia, ele está ligado a pensamentos distorcidos que alimentam o medo da perda, a baixa autoestima e a necessidade de controle. A pessoa ciumenta acredita que só será feliz se puder dominar o outro, confundindo amor com posse. Esse padrão de pensamento gera comportamentos nocivos: desconfiança constante, discussões, invasão de privacidade e, em casos extremos, atitudes violentas. O ciúme, quando não reconhecido, pode se tornar uma prisão emocional.

A Bíblia traz vários exemplos. O primeiro deles é Caim, que, tomado pelo ciúme de Abel, seu irmão, o matou por inveja e ressentimento (Gênesis 4:8). O que começou como uma comparação interior transformou-se em crime e tragédia familiar. Também encontramos na Igreja de Corinto: o apóstolo Paulo descreve os crentes como “carnais” porque havia entre eles ciúmes e contendas (I Coríntios 3:3). Esses relatos nos alertam sobre os perigos de permitir que sentimentos desordenados governem nossas atitudes.

Por outro lado, o amor verdadeiro lança fora o medo (1 João 4:18). O amor maduro não precisa vigiar, controlar ou desconfiar, porque se fundamenta na confiança e na liberdade. Na vida prática, lidar com o ciúme exige autoconhecimento e domínio emocional. A mulher cristã pode aprender, à luz da Palavra, a identificar os pensamentos que alimentam o medo e substituí-los pela verdade de Deus. Quando reconhecemos a nossa identidade em Cristo, compreendemos que um relacionamento conjugal só caminhará com felicidade se estiver ligado ao Príncipe da Paz! A oração e um tempo de estudo da Palavra juntos, ligados ao altar do Senhor, mantendo diálogo e flexibilidade para crescer, o ciúme doentio não encontrará espaço, e assim, permanecerão um ao lado do outro ligados e guardados pelo Amor Divino e não pela imposição.

O ciúme não tratado destrói casamentos, separa amizades, desestrutura famílias e até leva a crimes passionais. Quantas vidas são arruinadas porque alguém acreditou que amar é possuir? O verdadeiro amor, ensinado por Jesus, é pacífico, paciente, bondoso e não arde em ciúmes (1 Coríntios 13:4). Amar é confiar, é desejar o bem do outro, é construir pontes e não erguer muros de vigilância.

Que cada mulher aprenda a discernir entre o ciúme que protege e o ciúme que aprisiona. O primeiro nasce do amor divino; o segundo, da insegurança humana. Quando entregamos o nosso coração ao Senhor, Ele transforma o medo em confiança e o ciúme em cuidado equilibrado. Assim, o amor se torna fonte de paz, e não de tormento.

O Amor não folga com a injustiça, mas com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba.” (1 Coríntios 13:6-8)

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