Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

 Absorvendo elogios 

As crianças gostam de elogios. Elas se arrumam e ficam esperando a gente dizer como estão bonitas. Quando tiram boas notas no colégio, é uma alegria chegar a casa e receber o elogio dos pais. Muitas crianças são tão bem resolvidas e amadas, que ao se arrumarem elas  mesmo dizem: "olha como eu estou bonito” ou “mamãe, eu estou linda assim…”. 

Infelizmente, com o passar do tempo, o bullying sofrido no colégio, os desapontamentos e as competições infantis vão fazendo desmoronar esta auto confiança. Se nossos filhos não forem sempre bem orientados e estimulados, podem chegar na adolescência se escondendo das pessoas, com complexos que os façam se isolar.  Ao elogio parental podem responder: "pára com isso”, “eu não sou bonito” ou “tem muita gente melhor que eu”. 

É normal que em alguns dias não nos sintamos competentes ou belos. Quando olhamos no espelho refletimos também nosso mundo  interior, e por mais que estejamos bem vestidos, nem sempre nossas emoções e sentimentos estão bem arrumados. 

Entretanto, me preocupa quando as pessoas não conseguem mais se elogiar, nem a si mesmas. Ou quando não gostam de ser elogiadas, se esquivam de elogios ou refutam cada palavra de apreço que recebem. 

A mulher sábia de Provérbios 31 era elogiada: Seus filhos se levantam e a elogiam; seu marido também a elogia, dizendo: "Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera”. (Provérbios 31.28,29). Quando os filhos se levantam frente a esta mãe, evidenciam seu respeito a ela. Quando a elogiam, estão reconhecendo o esforço e o amor dedicado desta mãe. 

Da mesma forma, ao receber um elogio de seus filhos, agradeça. Diga que o que fez foi por amor. Aproveite para reafirmar que eles podem contar com seu esforço em ajudá-los. Não diga “não foi nada…” – mas agradeça o elogio recebido por uma refeição saborosa que você fez depois de um dia estafante de trabalho ou o fato de você ter passado o dia arrumando o quarto dos filhos. 

Nossos filhos precisam aprender a elogiar os pais que se esforçam para dar a eles mais do que o básico. Necessitam elogiar os irmãos, entendendo que cada metro da família tem talentos individuais que podem ser evidenciados, sem que precisem competir com seus pares.  Filhos que elogiam pais e irmãos vão saber a importância de receber elogio, e de elogiar seus futuros cônjuges e filhos. 

Aprenda a absorver elogios das pessoas com quem convive. Elogios são diferentes de palavras bajuladoras, que são vazias e sem uma razão específica. Elogios sinceros fazem bem à alma, pois sempre vem acompanhados da razão do elogio: "obrigada pelo jantar”, “você é uma excelente cozinheira”, “você é muito atencioso”, “você sabe fazer isto muito bem”, etc.. São reconhecimentos, o que ressalta que nosso esforço  e dedicação estão sendo vistos e recebidos por quem amamos.

Aprenda a elogiar de forma específica. Aponte o que você gostou no comportamento do outro, e como a ação do outro fez você se sentir amado ou privilegiado. Mas aprenda a receber elogio, agradeça com alegria o comentário carinhoso. Por mais que você saiba que tudo o que faz, faz como se fosse a Deus, permita que o outro expresse seu afeto e reafirme seu desejo de continuar sendo e fazendo o melhor por quem ama.

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Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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