Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Bem me quer, mal me quer…

Não sei se as crianças de hoje ainda brincam de Bem me quer, mal me quer.  Mas se você já passou dos trinta, certamente já despedaçou uma flor, pétala por pétala, esperando que a ultima pétala lhe trouxesse o resultado esperado! Uma brincadeira que, para alguns, podia ser o resultado para voltar a ficar “de bem” com um colega de turma, ou para decidir quem da casa lavaria a louça do jantar.

A cada pétala retirada da flor, podíamos também “descobrir” se uma pessoa gostava da gente ou não – como se uma flor pudesse revelar os sentimentos de outros.  Alguns de fato levavam esta brincadeira a sério, chorando ao final da revelação.

O triste é perceber que muitos crescem e continuam desfolhando flores ao longo da vida. Vão fazendo amigos, mas estão sempre na dúvida quanto ao afeto dos outros, colocando expectativas demais e esperando muito das pessoas, se frustrando quando as amizades não as preenchem, ficando no “mal me quer”.

Outras pessoas se casam e têm filhos, mas estão sempre inseguras com relação ao amor conjugal. Desconfiam de tudo, são extremamente ciumentas, e pensam que seus cônjuges não as amam. Se tornam dependentes do afeto dos filhos, e estão sempre questionando se eles as querem bem ou mal!

Muitas vezes isto acontece até mesmo com relação ao amor a Deus. Duvidam do amor de Deus a cada situação difícil da vida, abandonando a dedicação nos trabalhos da igreja a cada luta que enfrentam. São como Thiago adverte: aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá coisa alguma do Senhor; é alguém que tem mente dividida e é instável em tudo o que faz. (Tiago 1.6-8). 

A instabilidade emocional faz com que uma pessoa se torne carente e confusa, estando sempre em dúvida quanto ao que fazer, em como fazer ou em quem confiar e amar. Precisamos ter os crivos certos para tomar decisões, ter sabedoria para lidar com pessoas, e discernimento para ajustar as devidas considerações e expectativas esperadas dos outros que nos cercam. Não podermos desfolhar flores na vida adulta para tomar decisões! 

Se na vida relacional já é perigoso andarmos inseguros, na vida pessoal isto se torna ainda pior: não podemos oscilar entre uma boa ou baixa auto estima! Não devemos acordar com um humor de uma forma, e terminar nosso dia com outra, variando humores ao longo de dias e semanas! Não podemos não amar demais em uma semana, e evitar espelhos e pessoas na semana seguinte, sempre oscilando nossa capacidade de amar a nós mesmos por conta de desafetos ou expectativas frustradas. 

Nós temos um Deus que não muda: Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes. (Tiago 1.17). Nós podemos mudar nossos humores, variarmos nossos afetos e alterarmos nossos gostos, saberes e aparências. Mas o amor de Deus, sua bondade e misericórdia, sua capacidade de perdoar e restaurar nossas vidas e afetos permanecem inalteráveis.

Portanto, mesmo quando os tempos forem difíceis, mantenha seu bom humor. Quando estiver nos vales, mantenha firme a sua fé, e quando estiver carente, sacie-se no amor trasbordante de Deus.  Esteja firme nas promessas de Deus, mantendo seu caminho reto, rumo aos céus. 

Ame-se pelo simples fato de ser amado por Deus. E não brinque mais de Bem me quer, mal me quer!

elaine

Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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