Elaine Cruz

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, com especialização em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade. É mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense, professora universitária e possui vários trabalhos publicados e apresentados em congressos no Brasil e no exterior. Atua como terapeuta há mais de trinta anos e é conferencista internacional. É mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA) e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil. Como escritora recebeu o 'Prêmio ABEC de Melhor Autora Nacional' e é autora dos livros “Sócios, Amigos e Amados”, “Amor e Disciplina para criar filhos felizes” e o mais recente, "Equilíbrio Emocional", todos títulos da CPAD.

Namoro e Jugo desigual

Namoro - Parte 6
A sociedade reforça a necessidade de termos alguém que nos complete. Nesta busca desenfreada por alguém, muitas são as pessoas que se envolvem precipitadamente com outras que, ao invés de a complementarem, prejudicam ainda mais a sua autoestima.

Outras se envolvem em namoros que complicam sua vida profissional, que denigrem a vida familiar, e que as afastam de Deus.

A Bíblia usa a expressão jugo desigual para falar de relacionamentos sociais entre evangélicos e descrentes em Deus – em uma passagem que pode ser ampliada para relacionamentos profissionais e sentimentais.

A expressão jugo desigual é usada para relacionar o fato de quando dois animais, em geral dois bois, puxam uma carga ou usam o jugo (peça de madeira amarrada em ambos os lombos dos animais) para arar a terra, tendo forças, alturas ou dimensões diferenciadas. A consequência da desigualdade é óbvia, pois um boi forte com um fraco, um muito alto com um baixo, ou um sadio com um outro já bem cansado, certamente não terão êxito no trabalho.

Em 2 Coríntios 6.14 lemos: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?"

Paulo fala claramente sobre sociedade – quando duas pessoas resolvem andar juntas, construir um negócio junto, ou até mesmo estabelecer uma vida em comum. De forma direta, fica evidente a distinção entre os princípios e propósitos de uma pessoa crente ou incrédula, ou de uma pessoa com vida justa e entre outra que anda nas trevas da impiedade. E o apóstolo é claro: não pode haver sociedade ou comunhão entre luz e trevas, entre crentes e descrentes.

É certo que vivemos em um mundo dominado pelas trevas e, portanto, precisamos conviver, de forma respeitosa e educada, em espaços profissionais, familiares e sociais, com pessoas que professam uma fé diferente da nossa, ou que apresentem dogmas e convicções diferenciadas das verdades bíblicas. Mas manter intimidade ou casar com pessoas descrentes ou escarnecedores da nossa fé é procurar problema, pois estaremos colhendo os resultados de desrespeitar a advertência bíblica!

Sob esta perspectiva, uma pessoa evangélica não deve namorar uma pessoa descrente, que escarnece da fé evangélica e cultua outros deuses. Como abrir o coração para uma pessoa que não acredita em Deus? De que forma planificar o futuro com quem não crê nos planos de Deus para a nossa vida? Como evangelizar os filhos se eles são obrigados a frequentar rituais de diferentes religiões? Como buscar a direção de Deus ou orar como casal em momentos de angústia?

Casamento é uma sociedade, e não há sociedade ou comunhão entre luz e trevas ou justiça e iniquidade. Portanto, é preciso saber esperar pela pessoa que vive a fé evangélica de forma genuína – e não se envolver com alguém só porque ele se diz crente ou frequenta uma igreja evangélica. É importante conhecer o testemunho, acompanhar a maturidade espiritual e observar cuidadosamente os frutos.

Além disso, como já apontamos em outros artigos, é importante analisar também outros pontos de desigualdade. Assim como a fé precisa ser a mesma, é importante que ambos tenham uma visão de mundo semelhante. Isto significa possuírem uma educação formal e pessoal semelhante, princípios e valores morais equiparados, e maturidade emocional compatível. Afinal, não podemos nos envergonhar de quem escolhemos para partilhar a vida, ou passar os anos escondendo dos filhos o mau caráter do pai (ou da mãe) deles, ou brigando por conta da irresponsabilidade ou imaturidade do cônjuge.

Namore, portanto, alguém que lhe corresponda – este foi o termo usado por Deus para preparar Eva para Adão. E só então a vida conjugal será, de fato, conjugada de forma igualitária e harmoniosa, produzindo uma família feliz e abençoada por Deus!

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 Elaine Cruz 

*A CPAD não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos publicados nesta seção, por serem de inteira responsabilidade de sua(s) autora(s).

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